D. Manuel Clemente saúda valorização do hemisfério sul
Santarém, 14 mar 2013 (Ecclesia) – O bispo do Porto confessou ter ficado surpreendido com a eleição do cardeal Jorge Bergoglio e o nome que adotou, Francisco, quando foi eleito, esta quarta-feira, para suceder a Bento XVI.
A eleição do cardeal Jorge Bergoglio foi “surpresa”, embora já se falasse “muito nele quando foi da eleição anterior”, disse D. Manuel Clemente à Agência ECCLESIA.
Em relação ao nome escolhido, o bispo do Porto realça o “toque franciscano” de que a Igreja e o mundo “precisam muito”.
O sucessor de Bento XVI é natural da Argentina e a escolha representa “a deseuropeização da Igreja” e a “prevalência do hemisfério sul”.
“A zona de Buenos Aires (capital da Argentina) tem sido muito inovadora na pastoral e na ligação à religiosidade popular”, acrescenta.
Para D. Manuel Clemente, o Papa Francisco foi “muito perspicaz” ao nível pastoral, disse.
Depois da renúncia de Bento XVI – algo que não acontecia há cerca de 600 anos – a eleição de um Papa do hemisfério sul também “é novidade” e “é um sinal daquilo que há 60 anos se chamava o ‘aggiornamento’ e que acerta o ritmo da Igreja com o ritmo do mundo”, frisou o bispo do Porto.
D. Manuel Clemente disse que a “figura de Pedro e do seu sucessor é extremamente importante para os católicos e para o mundo, na aproximação entre os povos”.
“O mundo precisa de uma magistratura de grande influência como é a do Papa de Roma”, concluiu o vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
LFS