D. António Marto espera que próximo Papa traga «vitalidade» da África ou América Latina
Leiria, 11 fev 2013 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, considerou o pedido de resignação de Bento XVI como um “gesto muito digno”, mas diz que não foi uma completa surpresa.
Para o prelado leiriense e antigo aluno de Bento XVI, numa Europa “cansada” a Igreja precisa de um Papa que traga agora “uma certa vitalidade” que existe noutros continentes como África e a América Latina, disse aos jornalistas numa conferência de imprensa.
O gesto de Bento XVI mostra – para D. António Marto, “muita lucidez” e tem “um alcance histórico muito grande mesmo para o futuro da igreja”.
Lembrando que Joseph Ratzinger foi seu professor, o bispo diz que guarda para sempre a imagem de alguém que procurou apresentar a beleza da Fé, “o encanto e a importância do Cristianismo para a cultura e para a história”.
D. António Marto sublinha que recebeu a notícia “com emoção” e “não a esperava para agora”, mas “talvez para o final do «Ano Fé»”.
Bento XVI deixou a sua marca “neste período turbulento da história”, frisou D. António Marto aos jornalistas, acrescentando: “Era um Papa marcado por um génio teológico”.
Os textos de Bento XVI “deixam transparecer um espírito poético” e “escutam-se com agrado”, disse o bispo de Leiria-Fátima.
O último caso de renúncia, situação pouco comum na história da Igreja, tinha sido o do Papa Gregório XII, em 1415.
Joseph Ratzinger, que foi eleito em abril de 2005 para suceder a João Paulo II, vai completar 86 anos de idade dentro de 2 meses.
A partir das 20h00 (menos uma em Lisboa) do dia 28 de fevereiro, a Igreja fica em estado de «Sé Vacante» sendo convocado um Conclave para a eleição de um novo Papa.
LFS/OC