Organização internacional dedicada ao apoio médico, social e humanitário das nações celebra 900 anos de existência reconhecida pela Santa Sé
Cidade do Vaticano, 08 fev 2013 (Ecclesia) – Bento XVI vai encontrar-se este sábado em Roma com cerca de 4 mil membros e voluntários da Ordem de Malta, que celebra 900 anos de existência sob a proteção e o reconhecimento da Santa Sé.
De acordo com a Rádio Vaticano, o Papa associa-se a esta festa a partir das 12h45 (menos uma hora em Lisboa), com uma saudação na Basílica de São Pedro, que será antecedida de uma eucaristia presidida pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcício Bertone.
A iniciativa, que contará com a presença de meia centena de membros e voluntários da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses, recorda a proclamação da Bula “Piae postulatio voluntatis”, pelo Papa Pascoal II a 15 de fevereiro de 1113, através da qual a Ordem de Malta foi oficialmente instituída e retirada do contexto das outras ordens militares monásticas da época.
Com atividades que contemplam a prestação de cuidados médicos, sociais e humanitários em cerca de uma centena de países de todo o mundo, a mais antiga Ordem Soberana Militar de Cavaleiros ligada à Igreja Católica é atualmente constituída por perto de 13500 membros, 80000 voluntários e 25000 médicos, enfermeiros e paramédicos.
Estruturada como um Estado mas sem território, ela conta com direito internacional e sistema jurídico próprios, optando por uma relação neutral, apolítica e imparcial com todas as nações, o que segundo Albrecht Boeselager, ministro da Saúde e Cooperação Internacional da Ordem, lhe garante “a entrada em áreas de crise onde praticamente ninguém tem acesso”.
Jean-Pierre Mazarey, atual chefe do Executivo da Ordem, destaca o princípio do “testemunho da fé e do serviço aos que sofrem”, que rege a missão dos seus membros em territórios como a Palestina, o Líbano ou a Síria, onde as populações estão a ser afetadas por situações de guerra e conflito social.
JCP