Mesmo diante da morte e do mal, há um «Pai» que «nos dá esperança», sublinhou o Papa
Cidade do Vaticano, 01 fev 2012 (Ecclesia) – Bento XVI desafiou hoje os cristãos a privilegiarem uma relação filial com Deus, fonte de “esperança” contra as situações de sofrimento que se verificam no mundo, durante a audiência geral no Vaticano.
Numa intervenção enviada à Agência ECCLESIA, o Papa recorda o exemplo deixado por Jesus Cristo no Jardim de Getsemani, onde mesmo perante a ameaça da morte, ele foi capaz de confiar os seus problemas ao Pai, num registo de “ternura, de afeto, de confiança e abandono”.
“Também nós devemos ser capazes de entregar a Deus, na oração, os nossos sofrimentos e projetos, o nosso empenho em segui-lo, em sermos cristãos, e até mesmo o peso do mal que vemos em nós e à nossa volta, porque ele nos dá esperança”, realçou.
Segundo Bento XVI, Jesus Cristo não se limitou a reconhecer a “omnipotência” do Pai, a quem “tudo é possível”, mas foi capaz de submeter a sua “vontade humana” aos desígnios da “vontade divina”.
Um gesto que, à semelhança do que aconteceu com o “sim” de Maria, “nem sempre é fácil”, sublinha o Papa, mas que ajudou a cumprir o plano salvífico que Deus tem para toda a humanidade.
“Ao aceitar a vontade do Pai, Jesus mostra que é cumprindo os desígnios de Deus que se pode fazer da terra o Céu”, salienta.
Aos peregrinos de língua portuguesa, que acompanharam a audiência geral no auditório Paulo VI, Bento XVI deixou palavras de incentivo, no sentido de “descobrirem a vontade de Deus para as suas vidas” e “fazerem dela ponto de referência” para o dia a dia.
JCP