Presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde defende maior proximidade entre gerações
Cidade do Vaticano, 30 set 2013 (Ecclesia) – O Vaticano associou-se ao Dia Internacional do Idoso, que se celebra a 1 de outubro por decisão da ONU, com apelos em favor de uma maior proximidade e solidariedade entre gerações, a começar pelas comunidades católicas.
“Que a Igreja seja efetivamente família de todas as gerações, na qual cada um se sinta em casa, onde não reine a lógica do lucro e do ter, mas a da gratidão e do amor”, escreve o arcebispo polaco D. Zygmunt Zimowski, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde (CPPS).
O texto cita uma intervenção do Papa Francisco na sua viagem ao Rio de Janeiro (Brasil), em julho, onde falou de uma espécie de “eutanásia escondida” e “cultural” que não deixa falar os mais velhos.
D. Zygmunt Zimowski apela à participação dos que podem ser “considerados como ‘não úteis’” e encoraja os idosos a não se acomodarem.
A mensagem deste responsável fala na necessidade de “comunhão” entre os mais velhos e os jovens, num momento em que há cada vez mais pessoas a viver até mais tarde.
Esse dado é destacado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na sua mensagem para este dia internacional: “Até 2050, o número de pessoas idosas vai duplicar o das crianças nos países desenvolvidos”.
O tema escolhido pelas Nações Unidas para a celebração de 2013 é ‘O futuro que queremos: o que as pessoas idosas estão a dizer’.
O presidente do CPCS defende, na sua mensagem, a evangelização da velhice, com o seu contributo e o compromisso de “toda a comunidade cristã”.
Nesse sentido, o Vaticano vai organizar de 21 a 23 de novembro uma conferência internacional sobre o tema ‘A Igreja ao serviço da pessoa idosa doente: o cuidado das pessoas afetadas pelas patologias neurodegenerativas”.
RV/OC
