Vaticano: «As coisas materiais não preenchem a vida», afirmou o Papa

Francisco lembrou os irmãos que se deixam de falar por causa de heranças e disse que o amor dos pais é o «legado mais precioso»

Foto: Ricardo Perna

Cidade do Vaticano, 04 ago 2024 (Ecclesia) – O Papa Francisco afirmou hoje que o “legado mais precioso” dos pais é o amor aos filhos, denunciou os irmãos que deixam de falar por causa de heranças e disse que “as coisas materiais não preenchem a vida”.

“As coisas materiais não preenchem a vida: somente o amor! E, para que isso aconteça, o caminho a ser seguido é o da caridade, que não guarda nada para si, mas partilha tudo”, afirmou o Papa na reflexão antes da oração mariana do ângelus, este domingo.

Dirigindo-se que peregrinos e turistas que se encontravam na Praça de São Pedro, e a quantos o seguiam o Papa através dos meios de comunicação social, Francisco interrogou se, em cada família é essa partilha que acontece.

“Pensemos naqueles pais que lutam a vida inteira para fazer crescer bem seus filhos e deixar-lhes algo para o futuro. Como é bonito quando essa mensagem é compreendida, e os filhos são gratos e, por sua vez, tornam-se solidários uns com os outros como irmãos! E como é triste, ao contrário, quando eles discutem pela herança e talvez não voltem a se falar mais por anos”, disse o Papa.

“A mensagem do pai e da mãe, seu legado mais precioso, não é o dinheiro, mas o amor com que eles dão aos filhos tudo o que têm, assim como Deus faz connosco”.

A reflexão do Papa foi apresentada como comentário ao Evangelho que das Missas deste domingo, que recorda o milagre das multiplicação dos pães e dois peixes, por Jesus.

“Eles haviam comido aquele alimento partilhado e puderam ver como, mesmo com poucos recursos, graças à generosidade e à coragem de um jovem, que colocou o que tinha à disposição dos outros, todos se alimentaram até ficarem saciados”, afirmou.

O Papa lembrou que, “se cada um der aos outros o que tem, com a ajuda de Deus, mesmo com pouco, todos podem ter algo”.

Após a oração do ângelus, o Papa Francisco lembrou a “experiência entusiasmante” da Jornada Mundial da Juventude, que aconteceu em Lisboa, há um ano, e pediu o fim da guerra na Terra Santa e dos conflitos na Venezuela.

PR

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Agência ECCLESIA

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