Viena, 18 set 2013 (Ecclesia) – O secretário do Vaticano para as Relações com os Estados apelou ao desarmamento nuclear, em particular no Médio Oriente, durante a 57ª Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) que decorre em Viena.
“É tempo de desviar o material nuclear dos fins militares para atividades pacíficas”, assinalou o arcebispo D. Dominique Mamberti que recordou na capital austríaca o 50º aniversário da encíclica ‘Pacem in Terris‘, do Papa João XXIII.
O secretário do Vaticano para as Relações com os Estados afirmou que “a segurança global não deve ser confiada às armas nucleares” e acrescentou que é necessária uma “adesão universal e incondicionada e da aplicação do Tratado de Não-Proliferação” desse armamento.
A Santa Sé reiterou “o seu forte apoio aos esforços pela instituição de uma zona no Médio Oriente livre de armas nucleares” e “de todas as armas de destruição em massa”, acrescentou.
Para D. Dominique Mamberti, as zonas livres de armas nucleares “são o exemplo melhor de confiança e de segurança e a afirmação de que a paz e a segurança são possíveis sem a posse de armas nucleares”
Segundo o arcebispo, a comunidade internacional deve “dar novo vigor ao processo de desarmamento nuclear, incluindo um progresso autêntico na desativação das armas nucleares” porque “são fundamentais inclusive do ponto de vista humanitário”.
Na 57ª Conferência Geral da AIEA, D. Dominique Mamberti, portador da saudação do Papa Francisco à instituição, expressou que a Santa Sé tem “profunda preocupação” pela situação no Médio Oriente e encorajou as negociações.
Sobre o programa nuclear do Irão, o arcebispo defendeu que devem ser superados os obstáculos que “impedem” a confiança reciproca e disse que o Vaticano “tem a firme convicção que as dificuldades atuais podem e devem ser superadas mediante os canais diplomáticos”.
A 57ª Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atómica começou esta segunda-feira em Viena, na Áustria, e termina esta sexta-feira.
CB/OC