Vaticano: Ano Santo tem dia especial dedicado a quem vive situações de abuso, vítimas da violência e pessoas em luto

Vigília conclusiva do «Jubileu da Consolação» vai ser presidida por Leão XIV

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 15 set 2025 (Ecclesia) – O Vaticano acolhe hoje um evento especial dedicado às vítimas de abuso e violência, pessoas em luto e marcadas pelo sofrimento, no “Jubileu da Consolação”.

A iniciativa do Ano Santo vai ser encerrada pelo Papa, às 17h00 (menos uma em Lisboa), com uma vigília de oração na Basílica de São Pedro.

“Para este evento jubilar, estão especialmente convidados todos aqueles que estão a viver um momento de dor e de aflição, devido a doença, luto, violência e abusos sofridos, bem como os seus familiares e amigos”, anunciou o Vaticano.

O Dicastério para a Evangelização (Santa Sé) espera a participação de mais de 8500 pessoas dos cinco continentes, com a presença de várias associações, fundações e organizações religiosas que acompanham famílias em sofrimentos ou pessoas com dependência, entre outras.

O programa iniciou-se esta manhã, com a passagem da Porta Santa da Basílica de São Pedro.

Já à tarde, na vigília de oração, os participantes vão ouvir testemunhos de duas mulheres: Diane Foley, dos EUA, que tem apresentado em várias conferências a história de reconciliação e perdão com o grupo jihadista que matou na Síria o seu filho, o jornalista Jim Foley, em 2014; e Lucia Di Mauro Montanino, de Nápoles, que acompanha um dos jovens que participou no assassinato do seu marido.

Durante a celebração, vai estar exposta na Basílica de São Pedro a imagem de Nossa Senhora da Esperança, proveniente do santuário paroquial de Battipaglia, Itália.

“Cada participante receberá o ‘Agnus Dei’, uma medalha de cera representando o Cordeiro Pascal, símbolo da ressurreição e sinal de esperança, que será abençoada pelo Papa”, indica o Vaticano.

O Jubileu, com raízes no ano sabático dos judeus, consiste num “perdão geral, uma indulgência aberta a todos, e na possibilidade de renovar a relação com Deus e o próximo”.

Esta indulgência implica obras penitenciais, incluindo peregrinações e visitas a igrejas.

O Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro Ano Santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos.

O atual Ano Santo começou com a abertura da Porta Santa, na Basílica de São Pedro, na vigília do último Natal, pelo Papa Francisco.

OC

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