Vaticano alerta para condições de vida dos pescadores

Apelos à protecção dos oceanos, sobretudo da pesca ilegal

“A Igreja não pode ignorar as difíceis condições em que vivem muitos pescadores e suas famílias. Por isso, é urgente pensar em novos modelos de pastoral”, frisou o secretário do Conselho Pontifício para os Migrantes e Itinerantes, D. Agostino Marchetto.

A exigência foi colocada nesta Quarta-feira aos participantes na assembleia da Comissão Internacional do Apostolado do Mar, que se reuniu no Vaticano.

“A capacidade da natureza foi forçada até o limite e não podemos continuar desta maneira. Os governos devem sentir-se responsáveis por observar rigorosamente as leis, a fim de proteger os oceanos, sobretudo da pesca ilegal”, declarou o arcebispo italiano.

D. Agostino Marchetto recordou “que a pesca sempre foi uma das maiores fontes de sustento para a humanidade, mas o desenvolvimento tecnológico e a globalização causaram um profundo impacto no sector”.

“Os pescadores no mundo são mais de 30 milhões e metade deles trabalha (…) muitas vezes em condições difíceis”, assinalou o responsável. Por outro lado, milhares de pessoas que dependem dessa actividade para viver “enfrentam o problema da falta de recursos e da competição com as grandes indústrias”, acrescentou.

O arcebispo lembrou que das quinze maiores áreas de pesca no mundo, quatro já foram extintas e nove caminham para o mesmo fim.

Para D. Agostino Marchetto, a “Convenção sobre o Trabalho na Pesca”, de 2007, é o mais importante documento internacional dos últimos 40 anos neste ramo de actividade. O compromisso do Apostolado do Mar com várias comunidades de pescadores e os contactos que mantém com muitos governos podem contribuir “para realizar neste momento uma função importante com vista à ratificação” do documento, referiu o secretário do Conselho Pontifício.

Com Rádio Vaticano

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Agência ECCLESIA

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