230 representantes lusos estão esta tarde na Praça de São Pedro, no âmbito de uma peregrinação internacional do setor
Cidade do Vaticano, 04 ago 2015 (Ecclesia) – Cerca de 10 mil acólitos, incluindo 230 portugueses, vão encontrar-se hoje com o Papa Francisco no Vaticano, no âmbito de uma peregrinação internacional que está a decorrer até à próxima sexta-feira.
De acordo com o serviço informativo da Santa Sé, a audiência com o Papa argentino está marcada para as 18h00 locais (menos uma em Lisboa) e integrará representantes de 20 países, entre os quais Itália, França, Suíça, Hungria e Sérvia.
A reunião geral de acólitos de todo o mundo tem lugar de cinco em cinco anos em Roma, sob a coordenação do “Coetus Internationalis Ministrantium”, uma associação europeia de acólitos, com mais de 50 anos de existência, que serve de elo de ligação entre os vários serviços diocesanos e nacionais do setor.
Para o presidente daquele organismo, D. Ladislav Nemet, a audiência desta tarde com o Papa, na Praça de São Pedro, será sobretudo um momento de festa.
“É incrível com os jovens amam o Papa! Isto é evidente, onde quer que ele vá. E depois, para alguns, mais jovens, será o primeiro contacto com a universalidade e a dimensão comunitária da Igreja, e também com a alegria da própria missão”, realça o bispo sérvio.
Subordinada ao tema “Eis-me aqui, envia-me”, a peregrinação internacional tem programadas diversas atividades, além da oportunidade de contactar com Francisco, como uma “festa na Aula Paulo VI” e uma visita “às Catacumbas de S. Calisto”.
No caso dos acólitos portugueses, o destaque vai para uma eucaristia na igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, que será presidida por D. José Cordeiro.
O bispo de Bragança-Miranda, presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade, acompanha o contingente luso na capital italiana, grupo que está a ser liderado pela direção do Serviço Nacional de Acólitos.
Em entrevista ao programa ECCLESIA, o responsável pelo SNA. padre Luís Leal, realça a importância deste "grande encontro de acólitos, de vários países", que permite "pô-los em contacto um com os outros e com o Papa".
"Percebermos que os acólitos, apesar de estarem cada um no seu lugar e na sua paróquia, têm esta unidade com Roma, e para com o Santo Padre", aponta o sacerdote.
Segundo D. Ladislav Nemet, o tema escolhido para este ano convida os acólitos, sobretudo os mais novos, a um caminho de “abertura a Deus”.
“Toda a oração está preparada nessa dimensão, incluindo os textos das diversas canções que resumem essa ideia da missão dos jovens na sociedade, na vida privada e na Igreja”, refere o prelado.
Outra mensagem que a organização pretende deixar “é de paz”, aproveitando a presença de acólitos provenientes de países atualmente em guerra e vítimas de conflitos, como a Ucrânia ou o Líbano.
“Rezaremos também pelos imigrantes, em proximidade com o Papa, mas também com os nossos acólitos. Vivemos, de facto, num mundo onde não se pode fechar os olhos à realidade e à mudança”, frisa D. Ladislav Nemet.
Relativamente ao último encontro internacional de acólitos em 2010, o número de participantes lusos cresceu significativamente, passando de 100 para cerca de 230 inscritos, com idades entre os 14 e os 30 anos, provenientes das dioceses de Évora, Viana do Castelo, Lisboa, Aveiro, Porto e Funchal.
Outro dado a salientar é o facto do logótipo da peregrinação internacional de acólitos (PIAR) 2015 ter sido “criado por um acólito português”, chamado Bruno Tomás, proveniente da paróquia de Valbom, na Diocese do Porto.
JCP
atualizada às 17h16
