Bispo de Portalegre-Castelo Branco indica que «cada família cristã poderá ser verdadeiro fermento de uma nova sociedade» Olhando para a História, facilmente se percebe a constante mudança no modo de vida, no estilo de relação interpessoal, nos conhecimentos, nos interesses, nas profissões, nos tempos de trabalho, e de lazer e até no sistema de valores. Estas mudanças culturais não são sinal do tempo presente, “sempre existiram”. Mas são as rápidas e profundas mudanças que produzem uma “autêntica mutação cultural”. Numa reflexão feita por D. José Alves na homilia do encerramento da Jornada Diocesana da Pastoral Familiar sobre a «A transmissão da fé na família», no passado dia 25, o Bispo de Portalegre-Castelo Branco apontou as famílias e as comunidades cristãos como as duas instituições onde as transformações se fazem sentir com mais acuidade, gerando graves problemas de adaptação aos novos modos de pensar e viver. Entre saudosistas “que não vêem o que há de positivo nas mudanças” e “as pessoas que rejeitam liminarmente o passado”, o Bispo de Portalegre-Castelo Branco indica que “há uma parcela da sociedade, constituída pelos que, sem abdicarem do passado, acreditam na força transformadora do fermento evangélico e lutam por uma sociedade nova, baseada nos valores perenes do humanismo cristão”. Jesus Cristo é o portador da mensagem que “encontramos no memorial do passado, a resposta para o presente e o projecto para o futuro”. É no espaço familiar que esta reflexão ganha impulso. “A família está atravessar uma das maiores crises da história e precisa de ser ajudada”, aponta D. José Alves, que explica que o maior problema não são as fragilidades ocasionais. “A família está doente porque se deturpou a noção do pecado, do perdão, da responsabilidade e do amor”. “Quando na família não se pratica o perdão, se assumem as responsabilidades e se vive o amor verdadeiro, nenhuma outra instituição a pode substituir seja na promoção da felicidade pessoal seja na educação dos filhos”, pois à família, enquanto igreja doméstica, “compete anunciar, celebrar e servir o Evangelho da Vida pela educação dos filhos, da qual são os primeiros e principais responsáveis”, aponta o Bispo de Portalegre-Castelo Branco. “Se os casais cristãos tomarem consciência de que a transmissão da fé e o acompanhamento da vida cristã dos filhos faz parte integrante do ministério que lhes é confiado por Deus, através da Igreja, ao celebrarem o Matrimónio, então, cada família cristã poderá ser verdadeiro fermento de uma nova sociedade, respeitadora da vida e da dignidade da pessoa humana”, finaliza. Notícias relacionadas Fermento de uma nova sociedade