Carlos Borges, Agência ECCLESIA
Alegria, cor, movimento, encontro, serviço. É o que para mim representa esta fotografia. E quem passava ao lado da igreja da Paróquia do Lavradio ouvia a voz dos jovens, que também anunciaram a JMJ Lisboa 2023 noutras ruas mais ao largo, e até no parque de estacionamento de um hipermercado, que, primeiro, pediu silêncio, e, depois, que fossem embora.
“Acredito que nem toda a gente esteja a ouvir a nossa voz, mas espero que consigam encontrar isso nas Jornadas, e ouvir a voz dos irmãos. Acredito imenso que vai ser muito bom para crescermos na fé católica em Portugal, para puxarmos mais jovens, para mudarmos um bocadinho a ideia que há da vida católica, dos jovens. Mudarmos um pouco o que é o conceito de Igreja para nós neste momento” – Beatriz Rogado
O prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida da Santa Sé confirmou, no dia 27 de janeiro de 2019: “A próxima Jornada Mundial da Juventude vai decorrer em Portugal”. O anúncio esperado, e que levou muitos portugueses para a América Central para participarem numa Jornada histórica para nós, chegou pela voz do cardeal Kevin Farrell no final da Missa de Envio da JMJ Panamá, no Campo São João Paulo II, na Cidade do Panamá.
O hino da JMJ Lisboa 2023 foi lançado no dia 27 de janeiro de 2021. Com letra do padre João Paulo Vaz, e música do professor e músico Pedro Ferreira, o sacerdote da Diocese de Coimbra escreveu no refrão: “Todos vão ouvir a nossa voz,/ Levantemos os braços, há pressa no ar./ Jesus vive e não nos deixa sós: Não mais deixaremos de amar.”
Arrisco a voltar ao título desta espécie de artigo de opinião, sem querer arranjar um 31. Todos estão a ouvir falar da JMJ há muito tempo. Se lhe dão atenção, se realmente escutam, ou se mudam de canal, a sintonia do rádio na altura, é diferente. Há muito, muito, tempo que a edição internacional da Jornada Mundial da Juventude em Portugal/Lisboa é ouvida através da voz dos jovens e dos animadores, dos padres e dos bispos, dos jornalistas e dos comentadores, dos políticos, e dos mais variados quadrantes da sociedade. Fosse para apoiar, como para criticar, umas vezes com razão, outra sem ela. Isto de acontecer o maior encontro de jovens do mundo com o Papa em Portugal, sem alguma polémica, algum tema mais quente associado, era milagre.
Espero que não estejam fartos de ouvir e ler sobre a JMJ Lisboa 2023, ainda temos quase tudo para publicar. E, mesmo fazendo um prognóstico antes do final, arrisco já, citando o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa: “Conseguimos! Conseguimos, Portugal, Lisboa. Esperávamos, desejávamos, conseguimos, vitória!”.
A abertura da Jornada Mundial da Juventude é depois de amanhã, esta segunda-feira começam a chegar em força os peregrinos às paróquias e locais de acolhimento, a expectativa de Beatriz Rogado era, no primeiro dia, “estar a deitar fumo pelos ouvidos”.
Foi com um sorriso que antecipou que, “provavelmente”, não consegue ir aos eventos centrais da JMJ, mas na Paróquia do Lavradio vai “estar a sentir muito como se lá estivesse”.
“Não é morrer na praia, de todo, porque estamos na organização. Estamos a viver ainda mais, vou fazer de tudo para conseguir estar ainda mais perto dos peregrinos, para o padre [João Paulo Duarte] não me apanhar a dormir no meio dos peregrinos. Para conseguir puxar os voluntários mais novos. Não é morrer na praia porque até agora eu vivi a jornada, não vivi só uma semana”.
Obrigado Beatriz. Uma boa Jornada para todos!
Carlos Borges