Bispo auxiliar de Lisboa «entendia muito bem o mundo da aprendizagem e era um lutador pela liberdade de ensinar e aprender»
O presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d’Oliveira Martins, considera que o legado de D. Tomaz Silva Nunes “ultrapassa em muito o Patriarcado de Lisboa”.
Em declarações à Agência ECCLESIA, o responsável classificou de “excepcional” o trabalho realizado pelo prelado na diocese e afirmou “que vai ser muito difícil substituí-lo”.
Guilherme d’Oliveira Martins, ministro da Educação entre 1999 e 2000, lembrou que D. Tomaz Nunes “vinha do mundo das escolas, entendia muito bem o mundo da aprendizagem e era um lutador pela liberdade de ensinar e aprender”.
“Era uma pessoa muito fácil, afável e, simultaneamente rigorosa. Trabalhámos juntos nos domínios da educação e da cultura e sempre encontrei nele uma enorme disponibilidade e, sobretudo, um grande rigor”, recordou Guilherme d’Oliveira Martins.
O presidente do Centro Nacional de Cultura salientou que o prelado era uma pessoa sensível à herança cultural e ao património religioso, área em que ambos estavam a trabalhar.
“Gostaria de recordar a personalidade extraordinária deste homem da Igreja, que também era muito preocupado com as pessoas concretas”, afirmou Guilherme d’Oliveira Martins, acrescentando que D. Tomaz Nunes “deixa um enorme vazio”.
O corpo de D. Tomaz Silva Nunes, que faleceu esta Quarta-feira, está na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa.
Às 22h00, o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, dirige o Ofício de Defuntos
A missa exequial, marcada para esta Quinta-feira, 2 de Setembro, às 11 horas, vai também ser presidida pelo Cardeal Patriarca.
O cortejo fúnebre sairá da Igreja de Nossa Senhora de Fátima – onde D. Tomaz Nunes foi baptizado e ordenado Bispo – e seguirá para o jazigo do Patriarcado no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa.