Francisco recorda fome em África e situações de conflito em todo o mundo
Cidade do Vaticano, 16 abr 2017 (Ecclesia) – O Papa condenou hoje no Vaticano o ataque conta civis que este sábado fez mais de 100 mortos na cidade síria de Alepo, falando durante a sua mensagem pascal.
“[Deus] sustente os esforços de quantos trabalham ativamente para levar alívio e conforto à população civil na Síria, a amada e martirizada Síria, vítima duma guerra que não cessa de semear horrores e morte. Data de ontem o último ignóbil ataque aos deslocados em fuga que provocou numerosos mortos e feridos”, disse Francisco, antes de conceder a bênção ‘urbi et orbi’ [à cidade (de Roma) e ao mundo], algo que acontece nos dias de Páscoa e de Natal.
O atentado com uma camioneta armadilhada junto a autocarros que retiravam civis e combatentes de Alepo, este sábado, na Síria, causou 112 mortos, segundo um novo balanço do Observatório Sírio dos Direitos do Homem.
O Papa rezou por todos os que procuram “a justiça e a paz” e desafiou os responsáveis políticos a ter “a coragem de evitar a propagação dos conflitos e travar o tráfico das armas”.
“[Deus] Conceda paz a todo o Médio Oriente, a começar pela Terra Santa, bem como ao Iraque e ao Iémen”, acrescentou.
A intervenção evocou a "gravíssima fome" em África e as guerras que atingem as populações do Sudão do Sul, do Sudão, da Somália e da República Democrática do Congo.
Num olhar global, o Papa falou das “tensões políticas e sociais” na América Latina, que tem gerado situações de violência, e apelou à luta contra o “flagelo da corrupção” bem como à “consolidação das instituições democráticas”.
Francisco recordou, mais uma vez, a população da Ucrânia “atormentada ainda por um conflito sangrento”, desejando que seja possível “reencontrar a concórdia” no país.
“O Senhor ressuscitado, que não cessa de cumular o continente europeu com a sua bênção, dê esperança a quantos atravessam momentos de crise e dificuldade, nomeadamente por causa da grande falta de emprego, sobretudo para os jovens” prosseguiu.
O Papa recordou que este ano os cristãos do Ocidente e do Oriente celebram a Páscoa na mesma data, algo que nem sempre acontece, por diferenças nos calendários litúrgicos.
“Assim ressoa, a uma só voz, em todas as partes da terra, o mais belo anúncio: ‘O Senhor ressuscitou verdadeiramente, como havia anunciado!’ Ele, que venceu as trevas do pecado e da morte, conceda paz aos nossos dias. Feliz Páscoa!”, concluiu.
OC