Bento XVI encontrou-se com estudantes de vários países, no Vaticano
Cidade do Vaticano, 02 dez 2011 (Ecclesia) – Bento XVI pediu hoje aos estudantes universitários que resistam à chamada “fuga de cérebros”, procurando afirmar-se como uma categoria “social e culturalmente” relevantes nos seus países de origem.
O Papa falava a um grupo de jovens de vários países, reunidos no III congresso mundial de pastoral para estudantes estrangeiros, promovido no Vaticano pelo Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes.
Neste contexto, Bento XVI sublinhou que os universitários são um grupo “cada vez mais numeroso” dentro do fenómeno migratório, por força da falta de estruturas adequadas nos seus países, tensões sociais e políticas
“É importante, portanto, oferecer-lhes [estudantes] uma preparação inteletual, cultural e espiritual equilibrada e sã, para que não sejam presas da ‘fuga de cérebros’” e “contribuam a levantar ‘pontes’ culturais, sociais e espirituais com as nações que um dia os acolheram”, disse o Papa.
Sobre o tema do congresso, dedicado este ano ao encontro de culturas, o Papa disse que o mesmo é “fundamental” para o futuro “da humanidade e da Igreja”.
“Hoje, mais do que nunca, a abertura recíproca entre culturas é um terreno privilegiado para o diálogo entre todas as pessoas comprometidas na busca de um autêntico humanismo”, prosseguiu.
Para Bento XVI, os estudantes internacionais têm “o potencial para se transformarem em artífices e protagonistas de um mundo com um rosto cada vez mais humano, graças à sua formação intelectual, cultural e espiritual”.
O discurso papal destacou o papel destinado a uma “nova geração capaz do diálogo e do discernimento, empenhada em difundir o respeito e a colaboração pela paz e o desenvolvimento”.
“Os jovens cristãos, que procedem de culturas diversas, mas pertencem à única Igreja de Cristo, podem demonstrar que o Evangelho é palavra de Esperança e salvação para os seres humanos de todos os povos e culturas, de qualquer idade e época”, concluiu.
OC