Universidade Católica deve ser espaço de ciência e fé

Arcebispo de Braga quer que professores sejam fiéis à doutrina da Igreja

“Que a Universidade Católica seja um espaço de ciência, de comunhão e de partilha, onde a procura da verdade seja a medida de todas as coisas”. Este desejo, ontem expresso em forma de prece na Sé de Braga, resume o apelo que o Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, fez na missa do Dia da Universidade Católica Portuguesa (UCP).

Presidindo à eucaristia com a presença de professores, alunos e funcionários das três Faculdades do Centro Regional de Braga – Filosofia, Teologia e Ciências Sociais – o prelado falou sobre a importância desta instituição “no mundo do saber”, onde a Igreja “tem algo a dizer”. O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa afirmou que a Universidade Católica deve ser “uma casa de ciência e fé”, mostrando que “o diálogo não só é possível, mas absolutamente necessário”.

A Universidade Católica “deve ser um centro de criatividade e de irradiação de um saber que seja para bem da humanidade”, indicou o arcebispo, que terminou a homilia apelando aos católicos para que rezem e partilhem bens, a fim de que a UCP “possa dispor dos meios necessários para atingir os objectivos, que são nobres e sublimes”. E assim, observou, “ser fiel ao projecto inicial”, que começou a ser concretizado em Braga – na Faculdade de Filosofia – há mais de 40 anos.

A procura da verdade foi várias vezes referida por D. Jorge Ortiga na homilia da missa, concelebrada por poucos padres.

O tema escolhido para este ano – “UCP no diálogo entre a fé e a ciência” – “é muito pertinente e muito necessário”, sendo “algo verdadeiramente empenhativo para quem está ligado à Universidade Católica”, isto é, professores, alunos e funcionários e benfeitores. Porque, salientou o prelado, a instituição tem “um papel imprescindível na sociedade e na Igreja”, atendendo a que “o relativismo se impõe e a verdade quase não tem lugar”.

Referindo-se ao diálogo entre fé e cultura, D. Jorge Ortiga disse que ele “implica aceitar o testemunho de São Paulo: transmito o que recebi”. “Hoje – declarou o prelado – é imperioso que sejamos fiéis àquilo que recebemos”, mesmo sendo “uma tarefa laboriosa, muito exigente”. Isto exige por parte dos docentes da UCP “acreditar não na lógica imediata mas caminhar numa permanente fidelidade à doutrina da Igreja”.

“Acreditemos seriamente que quando somos fiéis à doutrina da Igreja, mais cedo ou mais tarde os resultados aparecem”, concluiu o Arcebispo Primaz, lembrando que compete à Universidade Católica “mostrar que a fé pode conviver com a ciência”.

Diário do Minho/Agência Ecclesia

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