Por ocasião da Semana de Acção Mundial da Campanha Global pela Educação, a CNASTI – Confederação Nacional de Acção Sobre Trabalho Infantil, vem referir, através de um comunicado enviado à Agência ECCLESIA que o abandono escolar é preocupante em Portugal. “Sem números oficiais do Ministério da Educação”, a CNASTI aponta para que “no terceiro trimestre de 2006, 71,3 por cento de toda a população empregada tinha apenas o ensino básico ou menos”, (segundo apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo EUROSTAT, que indica ainda Portugal como o país onde, comparativamente à média europeia, mais aumentou o abandono escolar. Quer isto dizer que “não só a população mais velha tem baixa escolaridade, como também a população mais nova não frequentou, até ao final, a escolaridade obrigatória. O abandono escolar constitui assim um grave problema já que contribui para a perpetuação do baixo nível escolaridade e para uma baixo nível de qualificação profissional”. Perante este cenário, a CNASTI pretende procurar novas formas de intervenção contra o abandono escolar, pois segundo referem “por trás do abandono escolar, pode estar o trabalho infantil, a delinquência, o trabalho sem direitos e desqualificado”. “A escola deve ser o lugar onde as crianças aprendem, estudam, investigam e aprendem o valor do trabalho”, sendo por isso necessário “que a escola se disponibilize para ir ao encontro da personalidade da criança, respeitando e valorizando os seus saberes, não afastando ninguém e integrando os menos motivados, os que têm mais dificuldades de aprendizagem e os mais carenciados”.