A UNICEF denunciou numerosos casos de recrutamento de crianças, por parte dos rebeldes em Kivu do Norte, no Leste da República Democrática do Congo onde, 60% das 100 mil pessoas que abandonaram as suas casas, na última semana, eram menores. No caos humano desencadeado pelos últimos combates entre as forças governamentais e os rebeldes tutsis, a Cruz Vermelha denunciou casos de violações de mulheres, enquanto o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) revelou que procuram 50 mil deslocados, desaparecidos de campos de refugiados situados nas proximidades da localidade de Rutshuru. “Sabemos que, pelo menos 37 meninos foram recrutados na semana passada, pelos rebeldes «mai-mai», alegando que necessitam deles para defender suas comunidades”, denunciou a porta-voz do UNICEF, Veronique Taveau. “A UNICEF está muito preocupada e exige que cesse imediatamente o recrutamento dessas crianças”, acrescentou Veronique Taveau, acrescentando não dispor de detalhes sobre as idades das crianças recrutadas, entre as quais podem estar meninas. Ela qualificou a situação humanitária em torno de Goma como “alarmante” e disse que centenas de crianças foram afastadas das suas famílias. A situação das mulheres e das crianças é “desesperante”, pois não têm o que comer e nem acesso a água limpa, revelou a porta-voz do UNICEF. “As crianças correm o risco de contrair cólera, sarampo e malária, pois estão ao relento, expostas aos mosquitos”. Redacção/Rádio Vaticano