Evento vai acontecer a par das comemorações dos 500 anos da cristianização daquela nação asiática, que contou com contributo português
Lisboa, 24 nov 2018 (Ecclesia) – O próximo congresso da União Internacional Cristã dos Dirigentes de Empresários (Uniapac) vai ter lugar nas Filipinas em 2021, revelou hoje em Lisboa o presidente daquele organismo, Rolando Medeiros.
No encerramento do evento deste ano, que decorreu na Universidade Católica Portuguesa, Rolando Medeiros destacou a relevância da edição de 2021 “acontecer durante as comemorações dos 500 anos da evangelização cristã das Filipinas”.
É por isso “uma fantástica oportunidade”, e também “uma boa ligação ao congresso que teve lugar em Portugal”, salientou Rolando Medeiros, que recordou o contributo português para essa cristianização das Filipinas, nomeadamente através da viagem de circum-navegação do mundo iniciada pelo navegador português Fernão de Magalhães e que terminou precisamente em 1521 nas Filipinas.
Essa viagem, empreendida ao serviço da Coroa Espanhola e que seria concluída por Juan Sebastián Elcano, é ainda hoje considerada como um dos feitos náuticos mais incríveis da humanidade, tendo envolvido 42000 milhas, mais de metade das quais por rotas desconhecidas na altura.
Em representação do Estado filipino, a embaixadora Celia Anna Feria salientou o “orgulho” de poder organizar dentro de três anos o novo Congresso Mundial da Uniapac, e deixou uma palavra especial aos empresários do seu país, que constituíram a delegação mais numerosa presente em Lisboa, e a todos participantes deste encontro.
Foram cerca de 450 empresários, cristãos e não cristãos, pensadores, académicos, políticos, representantes das Igrejas e da sociedade civil, que estiveram na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, entre 22 e 24 de novembro, para o 26.º Congresso Mundial da Uniapac, que teve como tema ‘O negócio como uma nobre vocação’.
“Esperamos contar convosco também nas Filipinas para que partilhem connosco as vossas boas práticas e mostrem como a liderança empresarial pode ser uma nobre profissão, e uma parceria fundamental dos Estados, na construção das nações”, expressou a embaixadora filipina em Lisboa, Celia Anna Feria.
Em declarações à Agência ECCLESIA, o presidente da Associação Cristã de Gestores e Empresários (ACEGE) em Portugal, que foi responsável pela organização dos trabalhos deste ano, frisou a importância da mensagem reforçada por este evento, de que todos os atores económicos “são chamados a uma missão, a um propósito e a deixar um impacto na sociedade e nas pessoas em particular”.
“As pessoas consideraram que isto de facto foi um momento de transformação, um evento que impactou e que as desafia para um caminho diferente, mais comprometido. E é isso que eu espero, vão existir cansaços, mas que não hajam desânimos no caminho”, frisou João Pedro Tavares
Sobre a mais-valia deste evento para Portugal e para a própria ACEGE, aquele responsável frisou que aquilo que fica é a aprendizagem “a partir de múltiplas realidades em todo o mundo”.
“Ouvimos aqui histórias muito inspiradoras, de pessoas que de facto querem viver de uma forma comprometida a sua missão, e temos neste momento uma grande variedade de documentos, de histórias, de oportunidades, de contactos que podemos explorar de modo a redimensionar toda a nossa missão”, concluiu.
JCP