Projeto-piloto vai decorrer na unidade de cuidados continuados integrados das Misericórdias, em Fátima
Fátima, Santarém, 17 fev 2014 (Ecclesia) – O ministro da solidariedade, Pedro Mota Soares, assinou hoje em Fátima um protocolo com a União Das Misericórdias Portuguesas (UMP) para dinamizar um projeto-piloto para doentes com demência, problema que afeta atualmente cerca de 180 mil pessoas.
O projeto, denominado ‘VIDAS – Valorização e Inovação em Demências’, vai avançar na primeira unidade de cuidados continuados do país dirigida a pessoas com demência, inaugurada em Fátima a 7 dezembro, a Unidade de Cuidados Continuados Integrados Bento XVI, propriedade da UMP, que teve um custo de quatro milhões de euros e tem 60 camas.
“Estimamos ao longo do ano de 2014 e do ano de 2015 conseguir fazer a formação de cerca de 320 formadores que, eles próprios depois, ao longo do país terão esta capacidade de replicar junto de um conjunto de técnicos as melhores práticas que formos identificando”, esclareceu o ministro Pedro Mota Soares.
Já o presidente da UMP, Manuel Lemos, considerou que o acordo é “um passo importante” para ajudar as pessoas que têm este problema de saúde, mas também para ajudar as suas famílias e melhorar o país, realçando o trabalho em parceria.
“Se há algum mérito que esta crise pode ter é obrigar-nos a trabalhar em rede e estes passos que damos aqui são fundamentais”, observou.
Para o ministro, é “muito importante” conseguir fazer “um levantamento mais exato, mais efetivo do problema” desta doença, reconhecendo existir “uma nova realidade que é crescente em Portugal, de muitos idosos que estão institucionalizados em lares” ou em suas casas onde beneficiam de apoio domiciliário, que “são confrontados com fenómenos de demências”.
Segundo Pedro Mota Soares, pretende-se “dar uma formação específica a muitos técnicos das instituições sociais” para, por um lado, fazer “uma prevenção e um diagnóstico muito mais atempado” e, por outro, dar aos utentes “muito mais qualidade de vida, conseguindo garantir que, efetivamente, têm um tratamento muito mais adequado”.
O objetivo do projeto “ VIDAS – Valorização e Inovação em Demências” passa por “desenvolver modelos de intervenção que possam ser disseminados, de modo a assegurar no país a existência de cuidados especializados e de capacidade de resposta profissional, nos locais onde as pessoas com demência já vivem”, pode ler-se na página da UMP.
Lusa/MD