Pe. Rui Barnabé, padre de Aveiro, fala sua opção de vida como a «verdadeira loucura»
De cabelos pelo ombro e barba que lhe preenche o queixo, Rui Barnabé podia ser confundido com qualquer praticante de surf ou artista plástico. É padre e explica que também pode ser radical, à sua maneira.
“Haverá gente que me ache mais radical, outros mais reaccionário. Radical significa estar na raiz e, se for assim, procuro sê-lo”, indica à ECCLESIA Rádio.
As escolhas do caminho da vida são pertença de cada um. A escolha da profissão, do estilo de vida ou da vocação faz com que pensemos na poção mágica para atingir a felicidade. “Julgo que me defino, antes de tudo, como um cristão, que descobriu que Deus queria para si que fosse padre”, indica o sacerdote.
[[a,d,661,Pe. Vitor Gonçalves e Pe. Rui Barnabé]]Pelas suas tarefas diárias os jovens preenchem várias horas do dia de Rui Barnabé. Tenta perceber as questões da juventude e recebe a alegria e a autenticidade que serve de alavanca às actividades que tem sempre em mente.
“Os jovens trazem, sobretudo, a alegria da vida, mesmo com problemas e questões, e a autenticidade”, declara. Este contacto com as pessoas ajuda a encarar “a vida real”.
Encara a vida de Padre sempre com os olhos postos em Cristo, o exemplo a seguir.
Como jovem que é, os dias não são fáceis. E como Padre a dificuldade aumenta mas o entusiasmo é visível quando diz que a vocação é “a verdadeira loucura”.
“A vida de um padre acaba por ser muito diversificada, às vezes até um bocadinho desgastante, do ponto de vista emotivo, emocional, mas é um pouco a aproximação possível ao que Jesus Cristo procurou ser”, relata.
Rui Barnabé é padre há cinco anos. Na diocese de Aveiro é director da Pastoral Juvenil e foi o anfitrião do Festival Jota 2009. Não isola nenhum “momento-chave” no nascimento desta vocação, mas lembra “uma criança, um adolescente, um jovem que foi crescendo em Deus” e assumiu o desafio.