Lisboa, 01 fev 2014 (Ecclesia) – A irmã Deolinda Rodrigues é consagrada há 50 anos e sente que há necessidade de chamar jovens à consagração.
“Tenho uma vida feliz e realizada e esta é uma oportunidade de dizer que vale a pena e é necessário passar o testemunho de que é preciso a consagração”, disse a dominicana em declarações ao programa ECCLESIA.
A irmã está ligada há 28 anos ao bairro 6 de maio, em Lisboa, um bairro social e periférico, com população maioritariamente africana e com “muitos apelos”.
“O serviço da congregação traduz-se numa presença de Deus no meio do bairro o que constitui um desafio muito interessante e os apelos continuam a evoluir continuamente”, confessa.
Os problemas sociais são muitos e o realojamento, neste momento, é uma realidade que traz muito sofrimento e muita dor.
Deolinda Rodrigues acompanha muitas das famílias do bairro em parceria difícil com outras instituições que apoiam o centro social que as dominicanas têm.
“Há imensas intervenções que desejam transformar o bairro e o voluntariado é exemplo disso.
São cerca de 90 voluntários que temos no centro, muitos que aparecem com disponibilidade e iniciativas muito interessantes”, relata a consagrada.
O carisma das irmãs dominicanas faz cumprir o desafio lançado pelo Papa, de “ir às periferias” mas Deolinda Rodrigues não se imaginava no serviço aos outros.
“Quando decidi ser religiosa foi pela paixão por Cristo que queria que aumentasse, essa era a minha primeira motivação e também foi essa que me levou ao serviço dos irmãos.”
Deolinda Rodrigues esteve no serviço geral e provincial da congregação, foi professora mas nunca deixou de manter os laços que a uniam ao bairro 6 de maio.
Atualmente vive no bairro e sente que o voluntariado é “necessário e um grande dom de Deus” mas falta passar a mensagem dos consagrados.
“Se tivesse de propor este estilo de vida não tinha dúvida nenhuma na opção de estar com aquelas pessoas porque Deus está sempre do lado dos mais pobres e ser consagrada é necessário”, conclui.
PR/SN
