Uma vida não se sobrepõe a outra

Nota do Secretariado Nacional do Apostolado dos Leigos e da Família sobre o Aborto O Secretariado Nacional do Apostolado dos Leigos e da Família (SNALF), motivado pela proximidade da data fixada para a realização do Referendo sobre o aborto, em comunicado enviado à comunicação social adverte que a questão colocada a referendo deve ser analisada e interpretada, de forma a apontar as respostas que sejam mais justas, mais humanas e mais adequadas ao bem das pessoas. O SNALF refere que “não lícito que uma grávida possa tomar a decisão de abortar, até às dez semanas, sem invocar qualquer motivo de saúde ou de outra natureza”. Os argumentos apresentados a favor do sim são, segundo o comunicado são “de ordem consequencialista ou utilitária”, pois ao afirmarem que o “sim” contribuiria para uma redução dos abortos realizados em más condições, para a diminuição dos casos levados aos tribunais, para a supressão da clandestinidade, etc., “são argumentos que não dizem respeito ao cerne da questão, “que é o da bondade ética do abortamento”. “São muitas as vozes que defendem o “sim” com base na autonomia da grávida, a qual teria o direito de decidir sobre a vida do embrião ou feto que traz no seu ventre”, apontam. Mas se a autonomia é uma característica fundamental da pessoa humana, esta “não é absoluta, encontrando desde logo os seus limites quando se defronta com a autonomia, os direitos e os melhores interesses de outrem”. Por isso afirmam que “o embrião/feto está sempre presente e que o seu fundamental direito é o de não ser morto” e que “o direito da grávida, baseado na sua respeitável autonomia, não lhe permite sobrepor-se ao direito à vida, que é o do seu filho”. Segundo o SNALF o aborto terá de continuar a ser um ilícito, um crime tipificado pelo Código Penal, “mas a Justiça saberá encontrar, como aliás abundantemente tem provado, as decisões que não condenem as grávidas que em situações de enorme dificuldade e tantas vezes de clamorosa injustiça social recorrem ao aborto”. “Estamos por isso convictos de que votar “NÃO” é um imperativo moral, social e ético e vivamente recomendamos a todas as pessoas de boa vontade e aos católicos em particular que activamente colaborem e se empenhem no esclarecimento dos cidadãos”, finaliza o comunicado. Notícias relacionadas Votar NÃO é um imperativo moral, social e ético

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