Uma prenda para Timor

“Não se esqueçam de Timor” – é a prenda que D. Carlos Ximenes Belo, antigo Administrador Apostólico de Díli, deseja para Timor, que comemora, no dia 20 de Maio, o primeiro aniversário da sua independência. Depois de um périplo pelo Arquipélago dos Açores, D. Carlos Ximenes Belo teve oportunidade de recolher fontes históricas sobre Timor porque “tenho interesse em escrever a história das Missões Católicas em Timor, de 1556 a 1996” – adiantou à Agência ECCLESIA o antigo Administrador Apostólico de Díli. Na visita que fez à Ilha do Pico, D. Carlos Ximenes Belo falou com o Pe. José Carlos Simplício, pároco de S. Mateus, Ilha do Pico, que tem em seu poder muita documentação sobre o Cardeal Costa Nunes e D. Jaime Garcia Goulart. Um acervo histórico que, nas palavras do Pe. José Carlos Simplício, serão “muito úteis para a história daquele país” porque “grande parte da documentação que estava em Timor foi destruída”. Como foi secretário particular de D. Jaime Garcia Goulart (1º bispo da diocese de Díli) e “trabalhei na imprensa da diocese de Díli, conheço a realidade timorense” – disse o Pe. José Carlos Simplício. E adiantou: “talvez no futuro faça uma biografia de D. Jaime Garcia Goulart”. Em relação à realidade actual, D. Carlos Ximenes Belo sublinhou que a Igreja Timorense “precisa de sacerdotes” porque num país com 700 mil católicos os que “existem são poucos e estão cansados”. Um homem que quer estar afastado de Timor porém afirma: “longe da vista perto coração” – finalizou.

Partilhar:
Scroll to Top