«Cada vez mais acho que um hospital, e sobretudo um serviço de urgência, é o que sonho para a Igreja. Um hospital de portas completamente abertas 24 horas por dia, sete dias por semana, de portas abertas para todos. Alguns entram e nem identidade têm e já estão a ser tratados. Independentemente do seu estado ou da sua vida, ali no serviço de urgência, isso não existe. Considero que é o mundo perfeito e seria a Igreja perfeita: de portas escancaradas para todos, onde são tratados e acolhidos de forma igual, sem sabermos de onde vem e como são. É assim que Deus nos ama».
É assim que Sílvia Monteiro sonha a Igreja onde cresceu, onde procurou saber mais e onde sonha as mudanças que o Papa Francisco propõe. Médica cardiologista, sempre quis estar nos derradeiros minutos de uma vida, onde pode fazer a diferença, junto de um doente crítico e, desta forma, dizer aos filhos que nesse dia ajudou a salvar mais vidas.
Neste programa, temos ainda tempo de falar sobre José Saramago, sobre o percurso até à cardiologia e sobre as feridas que Sílvia Monteiro aceita sentir quando se depara com a fragilidade dos seus pacientes.