Último dia de João Paulo II na UCP

Uma exposição fotográfica sobre os anos de juventude de Karol Wojtyla com os seus amigos pode ser vista na Universidade Católica Portuguesa. Algumas dezenas de fotos de Karol Wojtyla (João Paulo II) com os amigos de juventude estão expostas, (de 4 a 22 de Novembro), na Universidade Católica Portuguesa (UCP). Imagens com história e de histórias passadas nas montanhas da Polónia pelo «círculo» (grupo de amigos) criado à volta de Karol Wojtyla. Em declarações à ECCLESIA, Stanislaw A. Rybicki, elemento daquele grupo e autor de algumas fotos expostas, realça que as suas memórias com João Paulo II “são de longa data” porque “tivemos 54 anos de convivência”. «Karol Wojtyla – a fé, o caminho, a amizade. Excursões com os amigos (1952-1954)» é o título da exposição organizada pela Embaixada da Polónia e pela UCP. Nela o visitante encontra o jovem padre Karol com os seus amigos em actividades no campo: montanhismo, esqui, bicicleta e canoagem”. Com um brilho nos olhos, Stanislaw A. Rybicki afirma que as fotos estão relacionadas com “o serviço pastoral que João Paulo II prestou junto dos jovens”. Este engenheiro do ambiente acrescenta que aquele convívio “foi complexo” porque “ele era nosso amigo e nosso pastor”. E recorda: “referia-se a nós como os amigos do círculo”. Quando visitou a Polónia, João Paulo II não se esquecia das suas raízes e “tivemos audiências de várias horas”. Nas viagens ao Vaticano também “tivemos oportunidade de falarmos” e “temos uma correspondência abundante” – disse. O jovem padre no meio da natureza e em pleno convívio com a juventude que acompanhava pastoralmente são as imagens predominantes. Fotografias a preto e branco onde sobressai a força anímica do futuro Papa João Paulo II. Sem esquecer a época (52-54), Stanislaw A. Rybicki afirma que o contacto entre os “padres e a juventude era proibido”. E adianta: “Ele estava vestido à civil e nós não lhe chamávamos padre, mas tio”. O Sul e Sudeste da Polónia eram os locais escolhidos para o grupo de amigos. “Evitávamos os lugares com muitas pessoas” – referiu. Com distâncias longas, os caminheiros tinham carregar com os bens essências. “Para os rapazes, a mochila pesava cerca de 25 quilos, mas a mochila do Papa não sabemos quanto”. E avança: “carregava os bens essenciais e as alfaias litúrgicas”. O «tio» Karol era “muito alegre”. Após uma longa caminhada nas montanhas polacas, este engenheiro recorda um episódio: “teve de celebrar com uma lanterna” e “depois fez um verso com este episódio”. O lado lúdico do antecessor de Bento XVI está patente na UCP até ao próximo de 22 de Novembro.

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