A Sé de Viseu encheu-se por completo, na tarde de hoje, para o último adeus a D. António Monteiro, falecido no passado sábado. Todos, cidadãos anónimos ou figuras públicas, quiseram prestar a sua homenagem a um Bispo que, durante 16 anos, assumiu a responsabilidade de liderar a Diocese. A concelebração eucarística das exéquias foi presidida por D. José Policarpo, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, a quem se juntaram quase todos os prelados do país. Presente esteve também o Núncio Apostólico, D. Alfio Rapisarda. Na sua homilia, D. José Policarpo deixou uma palavra de consolação à Diocese de Viseu. “Eu tenho a certeza de que, a partir deste momento, a Igreja de Viseu, é amada por Cristo Pastor como pelos Bispos que a acompanharam e guiaram ao longo dos séculos, o último dos quais leva ainda fresca a ternura com que o acolhestes, D. António Monteiro, que com Cristo celebra a Páscoa eterna”, referiu. O Cardeal-Patriarca centrou a sua reflexão em torno da figura do Bispo como “Sacramento de Cristo”, verdadeiro Bom Pastor. “Ser Sacramento de Cristo Sacerdote é alimentar a Igreja, continuamente, com o dom da Palavra, é algo que devora a preocupação de um Bispo, não apenas em quantidade, mas em qualidade e oportunidade, em coerência e oportunidade, sem acrescentar nada, aguentando toda a exigência que ela tem desde o momento em que saiu do coração de Deus”, descreveu.
