Uganda: população sente-se esquecida

“Ninguém ouve os nossos pedidos”: o lamento é do Pe. Thomas Achia, director de um centro de serviço social ligado à Igreja Católica, na diocese de Moroto (Uganda). Este responsável lamenta que os cidadãos do país não tenham foram de fazer ouvri a sua voz. Em entrevista à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, de passagem pela sede da organização, na Alemanha, o Pe. Achia alertou para o drama da pobreza na região de Karamoja, no nordeste do país, que classificou como “inimaginável”. “Se as pessoas conseguem comer uma refeição por dia já têm muita sorte”, assinala, lembrando os muitos que continuam a sofrer com a fome e a desnutrição. O pior, ainda assim, é a falta de segurança: como consequência da guerra civil há ainda muitas armas disponíveis. As pessoas são assaltadas, no meio da rua ou a meio do dia. Muitas das agências humanitárias deixaram de enviar trabalhadores para esta região, apesar do governo afirmar que está a desarmar a população, dado que nesse processo utiliza a violência, matando pessoas e provocando ódio e amargura entre a população. “É um círculo vicioso”, diz o Pe. Achia. A região de Karamoja é a mais pobre e esquecida do Uganda, onde o governo “quase não faz nada para ajudar a população”, refere o sacerdote à AIS. Os 16 padres da Diocese são atingidos pela mesma pobreza. A ausência de condições de higiene é um rastilho para doenças como a malária ou a cólera, a que se somam grande número de mortes de mulheres após o parto. A esperança média de vida é inferior à da média ugandesa, que se situa em apenas 39 anos. No campo da educação, a Igreja mantém abertas escolas e promove programas de educação, num esforço para ajudar as pessoas a assumirem o seu próprio destino. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre

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