Uganda: Papa agradece trabalho de 15 mil catequistas

Francisco visitou local onde foram mortos os primeiros mártires católicos do país

Munionio, Uganda, 27 nov 2015 (Ecclesia) – O Papa agradeceu hoje no Uganda o trabalho dos mais de 15 mil catequistas do país e recordou o testemunho de fé dos mártires cristãos que foram perseguidos no século XIX.

“A comunidade cristã no Uganda cresceu enormemente graças ao testemunho dos mártires. Eles deram testemunho da verdade que nos liberta; estavam prontos a derramar o seu sangue, para permanecer fiéis àquilo que sabiam ser bom, belo e verdadeiro”, declarou, no santuário de Munionio, próximo da capital Campala, onde foram assassinados em 1886 os quatro primeiros mártires do Uganda, entre os quais Santo André Kaggwa.

Segundo dados do Vaticano, 47% dos mais de 36 milhões de habitantes do Uganda são católicos, mas há apenas 2 mil padres – em média, um por cada 7866 batizados (em Portugal, por exemplo, há um sacerdote para 2500 católicos).

Francisco sublinhou a “importante tarefa” dos catequistas e agradeceu o sacrifício que estes e as suas famílias têm de fazer.

“Obrigado pela vossa dedicação, pelo exemplo que dais, pela proximidade ao povo de Deus na sua vida quotidiana e pelos mais variados modos como plantais e cultivais as sementes da fé em todo este vasto território. Obrigado especialmente por ensinardes as crianças e os jovens a rezar”, disse.

O Papa admitiu que esta missão nem sempre é fácil e encorajou todos a “perseverar”, pedindo aos bispos e sacerdotes que os ajudem “com uma formação doutrinal, espiritual e pastoral”.

“O vosso é um trabalho santo. O Espírito Santo está presente onde o nome de Cristo é proclamado”, prosseguiu.

Francisco convidou os catequistas a ser “não só mestres mas também testemunhas”, ajudando todos a descobrir “a beleza da oração, o poder da misericórdia e do perdão, a alegria de partilhar a Eucaristia com todos”.

“Que Santo André, vosso padroeiro, e todos os catequistas mártires ugandeses vos obtenham a graça de serdes mestres sábios, homens e mulheres cujas palavras sejam cheias de graça, dando testemunho convincente do esplendor da verdade de Deus e da alegria de Evangelho”, concluiu.

No final do encontro, o Papa ajudou a plantar algumas ‘árvores da unidade’, juntamente com o arcebispo anglicano e líderes protestantes e ortodoxos.

Francisco partiu depois para a Nunciatura Apostólica (embaixada da Santa Sé) em Campala, onde fica alojado até domingo.

OC

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Agência ECCLESIA

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