Cidade do Vaticano, 13 out 2015 (Ecclesia) – A Igreja Católica do Uganda pronunciou-se sobre a visita do Papa ao país, que decorrerá entre os dias 27 e 29 de novembro, desafiando as comunidades a acolherem Francisco em clima de “reconciliação” social e espiritual.
Numa mensagem veiculada pela Rádio Vaticano, o presidente da Conferência Episcopal do Uganda considera a vinda do Papa argentino a território ugandês como uma “ocasião de ouro para que os ugandeses se tornem instrumentos de unidade e paz”, primeiro no meio “familiar” e depois nos vários setores, “religiosos, culturais e políticos”.
Neste contexto, D. John Baptist Odama enumera “os desafios” que se colocam atualmente à Igreja Católica local, a começar pelo “alarmante fosso entre a fé professada e a vida vivida”.
Práticas como a “feitiçaria e a poligamia”, refere o bispo, afastam as pessoas não só do evangelho como do ideal cristão de família.
O prelado aponta ainda a fenómenos como a “infidelidade conjugal, a violência doméstica, o abuso de menores, a pobreza, o alcoolismo” e a “doenças como a SIDA”, que colocam em causa o tecido social do país.
“Antes da chegada do Papa, devemos renovar o nosso empenho com a promoção dos valores e da sacralidade do matrimónio e da família, e para reconstruir o tecido moral do nosso País”, complementou.
No mesmo texto, D. John Baptist Odama destaca o legado dos “mártires” e “dos missionários” que, através do seu esforço, contribuíram para o crescimento da Igreja Católica no país.
“É graças ao seu sacrifício que a Igreja ugandesa se tornou aquilo que é: uma realidade vital, mais forte hoje com 15 milhões de fiéis e conhecida pelo seu contributo na transformação social do País, através das suas escolas, hospitais e programas de promoção humana”, concluiu.
Francisco será o terceiro Papa a visitar o Uganda, depois de Paulo VI em 1969 e de João Paulo II em 1993.
RV/JCP