Número dos mais novos que chegam sozinhos ao território é «alarmante», realça a Cáritas Internationalis
Cidade do Vaticano, 15 mar 2017 (Ecclesia) – O Vaticano, a Cáritas Internationalis e a Comissão Internacional Católica das Migrações debatem hoje em Bruxelas o desafio das crianças refugiadas que estão a chegar sozinhas e cada vez em maior número à Europa.
Em comunicado, a Cáritas salienta que atualmente o número de crianças desacompanhadas e a precisarem de “proteção” abrange já “metade do número de refugiados no mundo”, uma soma “alarmante”.
Maria Escobar, chefe da delegação da Cáritas junto da sede das Nações Unidas em Genebra alerta que “muitas crianças têm sido levadas a viajar sozinhas como refugiadas ou migrantes” e ficam completamente à mercê dos “traficantes humanos e dos predadores sexuais”.
Crianças cujas “vozes são frequentemente silenciadas” e que vêm “as suas necessidades esquecidas ou ignoradas”, refere aquela responsável.
Na origem do atual fluxo de refugiados e migrantes estão fenómenos como a guerra e a instabilidade social ou económica, em regiões como o Médio Oriente, a Ásia e a África.
A Cáritas sublinha que “é urgente proteger e acolher estas pessoas”, sobretudo os mais novos, para quem a emigração em certos países “já se tornou quase obrigatória”.
O encontro em Genebra, integrado na 34.ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, terá como tema “A marcha das crianças solitárias: Como preservar a sua dignidade e os seus direitos”.
Na iniciativa estarão presentes dois representantes da Santa Sé, subsecretários do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, os padres Fabio Baggio e Michael Czerny.
JCP