Bruxelas, 22 Fev (Ecclesia) – O Conselho dos Negócios Estrangeiros da União Europeia adoptou uma resolução na qual manifesta a sua “firme condenação” da violência contra cristãos e membros de outras comunidades religiosas.
O texto, ainda em forma provisória, foi aprovado após a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados-membros da UE, que decorreu em Bruxelas, Bélgica, esta segunda-feira.
“O Conselho reafirma o forte compromisso da União Europeia na promoção e protecção da liberdade de religião ou de crença, sem qualquer discriminação”, pode ler-se.
No documento, os ministros dos 27 manifestam “profunda preocupação pelo crescente número de actos de intolerância e discriminação religiosa”, lembrando “actos de terrorismo em vários países” contra cristãos e seus locais de culto, peregrinos muçulmanos e outras comunidades.
Os responsáveis pela diplomacia da UE manifestam as suas condolências e “solidariedade” às vítimas, afirmando que “a liberdade religiosa é um direito humano universal que tem de ser protegido em toda a parte e para todas as pessoas”.
Esta declaração surge depois de uma tentativa falhada de consenso, a 31 de Janeiro, situação que suscitara críticas, entre outros, do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa.
O Conselho dos Negócios Estrangeiros da UE pede á comunidade internacional que consolide a sua “resposta colectiva aos que querem usar a religião como um instrumento de divisão, alimentando o extremismo e a violência”.
Os ministros convidam Catherine Ashton, Alta Representante da União Europeia para as áreas dos Negócios Estrangeiros e Políticas de Segurança, a “relatar medidas tomadas e propostas concretas para fortalecer a acção” da UE neste campo da liberdade religiosa.
O documento pode ser consultado online
OC