Celebração presidida pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin
Cidade do Vaticano, 16 mar 2022 (Ecclesia) – O Vaticano promove hoje a celebração de uma Missa pela Paz na Ucrânia, com os membros do corpo diplomático acreditados junto da Santa Sé.
“Estamos aqui, esta tarde, para pedir a Deus o dom da paz, na Ucrânia, e pedir-lhe que ajude cada homem e mulher de boa vontade a ser artesão de paz”, disse, na homilia, o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin.
A Eucaristia, com transmissão online, decorreu na Basílica de São Pedro.
“A oração nunca é inútil”, destacou o presidente da celebração.
D. Pietro Parolin citou as palavras do Papa Francisco, no ângelus de 6 de março: “Rios de sangue e de lágrimas correm na Ucrânia. Isto não é apenas uma operação militar, mas uma guerra, que semeia morte, destruição e miséria. O número de vítimas está a crescer, tal como as pessoas em fuga, especialmente mães e crianças”.
O cardeal apelou à criação de relações de serviço e não de “escravidão”, como ensina Jesus Cristo, para superar os conflitos, considerando que a origem das guerras está num “pronfundo desequilíbrio” do coração humano,
“O problema não é apenas de caráter político ou económico, mas fundamentalmente espiritual”, advertiu.
Dirigimo-nos a Deus, com o coração despedaçado por causa do que está a acontecer na Ucrânia e repetimos, com o Papa Francisco: que as armas se calem! Deus está com os operadores de paz, não com quem usa a violência”.
O responsável pela diplomacia da Santa Sé tem manifestado a disponibilidade da Igreja Católica para mediar o conflito em curso no leste europeu.
Após convocar uma jornada de oração pela paz, a 26 de janeiro, Francisco condenou a “loucura da guerra”, deslocando-se pessoalmente à Embaixada da Rússia junto da Santa Sé para manifestar a sua preocupação com a invasão da Ucrânia, um dia depois do começo do conflito armado.
O Papa tem repetido apelos, desde o Vaticano, ao fim da guerra e pela abertura de corredores humanitários, colocando a diplomacia da Santa Sé no terreno para promover uma aproximação entre as partes em conflito; dois cardeais, colaboradores próximos, foram à Ucrânia, esta semana, para levar ajuda às vítimas da guerra.
No arranque da Quaresma, a 2 de março, Francisco convocou uma jornada mundial de oração e jejum pela paz.
OC
Vaticano: Papa vai consagrar Rússia e Ucrânia, em ligação a Fátima (c/vídeo)