Ucrânia: Vaticano manifesta apoio a conclusões da Cimeira de paz

Secretário de Estado esteve na Suíça para apelar a «paz justa e duradoura»

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 17 jun 2024 (Ecclesia) – O Vaticano manifestou hoje, em comunicado, o seu apoio ao comunicado final da Cimeira para a Paz na Ucrânia, no qual se pede o envolvimento de todas as partes nas negociações de paz, reafirmando a integridade territorial ucraniana.

“Em conformidade com a natureza da Santa Sé e com o seu estatuto de observador, e seguindo a prática de não assinar declarações conjuntas, a delegação da Santa Sé absteve-se de assinar o comunicado final, embora manifestando o seu apoio às conclusões da Cimeira, tal como consta do discurso que o cardeal Parolin proferiu durante a última sessão plenária”, refere a nota enviada aos jornalistas, esta tarde.

A Cimeira de Paz para a Ucrânia, reuniu cerca de 60 líderes mundiais e representantes de cerca de 80 governos, entre sábado e domingo, na Suíça.

A Santa Sé esteve representada pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, que felicitou a realização da cimeira de alto nível sobre a paz para a Ucrânia.

“Perante a guerra e as suas trágicas consequências, é importante nunca desistir, mas continuar a procurar formas de pôr fim ao conflito com boas intenções, confiança e criatividade”, referiu o colaborador do Papa, num discurso que foi publicado hoje pela sala de imprensa da Santa Sé.

O responsável diplomático sustentou que “o único meio capaz de alcançar uma paz verdadeira, estável e justa é o diálogo entre todas as partes envolvidas”.

“A Santa Sé exprime a esperança de que o esforço diplomático atualmente promovido pela Ucrânia e apoiado por tantos países seja melhorado, a fim de alcançar os resultados que as vítimas merecem e que o mundo inteiro espera”, acrescentou.

O secretário de Estado do Vaticano apelou ao respeito pelo “princípio fundamental do respeito pela soberania de cada país e pela integridade do seu território”, manifestando ainda “grande preocupação pelas trágicas consequências humanitárias” da guerra.

O cardeal Parolin recordou que a Santa Sé está “particularmente empenhada em facilitar o repatriamento das crianças” ucranianas e em favorecer a libertação dos prisioneiros, “nomeadamente dos militares e civis gravemente feridos”, nos dois lados.

Apesar de todos os desafios, a Santa Sé continua empenhada em manter uma comunicação regular com as autoridades ucranianas e russas, e continua preparada para ajudar na implementação de potenciais iniciativas de mediação que sejam aceitáveis para todas as partes”.

A intervenção da Santa Sé concluiu-se com uma mensagem de proximidade “pessoal” do Papa Francisco ao “martirizado povo ucraniano,

O secretário de Estado do Vaticano foi acompanhado pelo núncio apostólico na Suíça, D. Martin Krebs, e por D. Paul Butnaru, da secção para as Relações com os Estados e Organizações Internacionais.

84 países assinaram o comunicado final, incluindo os Estados-membros da União Europeia, EUA, Japão, Argentina, Chile e Equador, entre outros.

OC

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Agência ECCLESIA

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