Francisco pede que se evite «escalada» da guerra, abrindo caminho «ao cessar-fogo e ao diálogo»
Cidade do Vaticano, 16 nov 2022 (Ecclesia) – O Papa manifestou hoje a sua preocupação com o novo ataque russo, que esta terça-feira disparou mais de 90 mísseis em direção à Ucrânia, deixando mais de 7 milhões de pessoas sem eletricidade.
“Recebi com dor e preocupação a notícia de um novo e ainda mais forte ataque com mísseis sobre a Ucrânia, que causou morte e danos a muitas infraestruturas civis”, disse Francisco, no final da audiência pública semanal, que decorreu na Praça de São Pedro.
A Polónia, membro da NATO, anunciou na tarde de terça-feira que um “projétil de fabrico russo” caiu no seu território, próximo da fronteira com a Ucrânia, provocando a morte de duas pessoas.
O Ministério da Defesa russo negou que o míssil que atingiu o território polaco tenha sido disparado pelas suas forças; o caso encontra-se em investigação, havendo dados que apontando para a possibilidade de o projétil que atingiu a Polónia ter sido disparado pelas forças de defesa ucranianas, contra um míssil russo.
“Rezemos para que o Senhor converta os corações de quem ainda insiste na guerra e faça prevalecer, para a martirizada Ucrânia, o desejo de paz, para evitar qualquer escalada e abrir caminho ao cessar-fogo e ao diálogo”, pediu Francisco, esta manhã, no Vaticano.
O Papa recordou as “vítimas inocentes” do atentado que fez seis mortos em Istambul, no domingo, rezando por elas, e insistiu na necessidade de oração pela paz na Ucrânia.
“A nossa oração incessante é também pela martirizada Ucrânia: que o Senhor dê aos ucranianos consolação, fortaleza nesta prova e esperança de paz. Podemos rezar pela Ucrânia, de certa forma, dizendo: ‘apressa-te, Senhor’!”, concluiu.
OC