Ucrânia: Papa lembra jornalistas mortos no cenário de guerra

Francisco destaca serviço pelo «bem comum»

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 03 abr 2022 (Ecclesia) – O Papa recordou hoje os jornalistas que morreram durante a guerra na Ucrânia, elogiando o papel da imprensa ao serviço do “bem comum”.

“Gostaria de apresentar as condolências pelos vossos colegas que morreram”, disse Francisco aos jornalistas, cerca de 70 profissionais, que o acompanharam no voo de regresso a Roma, após uma viagem de dois a Malta.

A conversa, que durou cerca de 20 minutos, evocou os jornalistas no cenário de guerra, “estejam de que parte estiverem, não interessa”.

“O vosso trabalho é pelo bem comum e essas pessoas morreram em serviço pelo bem comum. Pela informação. Não nos esqueçamos delas”, declarou o Papa.

“Foram corajosos e eu rezo por eles, para que o Senhor recompense o seu trabalho”, acrescentou.

Francisco disse ainda manter contactos regulares, “a cada dois ou três dias”, com a jornalista argentina Elisabetta Piqué, que estava em Lviv e agora em Odessa, na Ucrânia, para se informar sobre a situação no terreno.

Até ao momento há relato de sete mortes de jornalistas, desde o início da invasão russa da Ucrânia: Maks Levin, Pierre Zakrzewski, Brent Renaud, Viktor Dêdov, Evgeny Sakun e Viktor Dudar, um jornalista ucraniano que se juntou às forças armadas como voluntário.

A 6 de março, no Vaticano, Francisco tinha agradecido pelo serviço dos profissionais da comunicação social.

“Um serviço que nos permite estar próximos do drama daquelas populações e perceber a crueldade de uma guerra. Obrigado, irmãos e irmãs”, declarou.

Três dias depois, a Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, da Igreja Católica em Portugal, publicou uma mensagem para sublinhar o papel dos jornalistas em cenários de guerra, como acontece atualmente na Ucrânia.

O organismo da Conferência Episcopal Portuguesa realçou, na nota enviada à Agência ECCLESIA, “o trabalho dos jornalistas que colocam em risco as próprias vidas para que o mundo saiba quantas vidas se estão a sacrificar por causa de uma guerra”.

OC

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Agência ECCLESIA

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