Ucrânia: Fundação pontifícia alerta para aumento de hostilidades no leste do país

Lisboa, 30 set 2016 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) denunciou “casos de tortura e de violência de género” no leste da Ucrânia, agravando a já “muito frágil situação” que se vive na região.

O secretariado português da fundação pontifícia AIS, divulga que a Alta-Comissária das Nações Unidas, Kate Gilmore, alertou que o serviço das organizações internacionais de fiscalização está “fortemente comprometida” porque ainda não existe “autorização para entrar nas autoproclamadas República do Povo de Donetsk e de Luhansk”.

No leste da Ucrânia, o aumento das hostilidades tem correspondido ao aumento de mortos e de feridos o que é também uma consequência da “proliferação de armas e de munição”.

“Todas as medidas devem ser tomadas para reduzir as tensões, prevenir a morte de civis e acabar com os ataques a escolas e hospitais”, recorda Kate Gilmore.

A AIS sublinha que na denominada “linha de contacto” – que divide separatistas e forças do governo – e em territórios controlados por grupos armados a situação “é particularmente sensível para as populações civis”.

Esta quarta-feira, assinala a fundação, uma equipa internacional de investigadores concluiu que o avião da Malaysia Airlines – voo MH17, que caiu em junho de 2014, foi “atingido por um míssil russo disparado”, “por um sistema terra-ar cedido por Moscovo”, a partir do território controlado pelos separatistas pró-Moscovo tendo causado a morte às 298 pessoas.

O conflito que opõe a o governo da Ucrânia a forças separatistas pró-russas começou há mais de dois anos e “causou cerca de 10 mil mortos”.

A Fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre recorda ainda que o conflito na Ucrânia tem “merecido palavras de profunda preocupação” do Papa Francisco que, por exemplo, em abril, promoveu uma coleta especial em todas as igrejas católicas da Europa para ajuda às vítimas da guerra.

CB

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