Papa saúda comunidades de rito bizantino que estão a celebrar a Páscoa, deixando votos de paz
Cidade do Vaticano, 16 abr 2023 (Ecclesia) – O Papa denunciou hoje as mortes “horripilantes” que a guerra na Ucrânia está a provocar, apelando à paz, no dia em que as comunidades de rito bizantino celebram a Páscoa.
“Infelizmente, em chocante contraste com a mensagem pascal, as guerras continuam e continuam a semear mortes de forma horripilante”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, no Vaticano, após a recitação da oração do ‘Regina Coeli’.
“Sofremos com estas atrocidades e rezamos pelas vítimas das mesmas, pedindo a Deus que o mundo não tenha de continuar a sofrer com o desânimo da morte violenta, pela mão do homem, mas viva o espanto da vida que Ele dá e renova com a sua graça”, acrescentou.
Perante cerca de 20 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro, Francisco quis recordar os “irmãos e irmãs que, na Rússia e na Ucrânia, celebram hoje a Páscoa”.
“Que o Senhor esteja próximo deles e os ajude a fazer a paz”, desejou.
Os votos estenderam-se a todas as comunidades orientais que vivem a celebração pascal.
“Caríssimos, que o Senhor esteja convosco e vos preencha com o seu Santo Espírito. Boa Páscoa a todos”, declarou Francisco.
O Concílio de Niceia, no ano 325, apresentou prescrições sobre o prazo dentro do qual se pode celebrar a Páscoa – o primeiro domingo depois da lua cheia que se segue ao equinócio da primavera (22 de março a 25 de abril).
Estas datas têm como referência, na maior parte dos países, o chamado ‘calendário gregoriano’, introduzido em 1582 pelo Papa Gregório XIII.
As Igrejas de rito Bizantino, contudo, seguem até hoje o ‘calendário juliano’, calendário solar criado em 45 a.C. pelo imperador romano Júlio César, com uma diferença de 13 dias.
OC