Corpo Nacional de Escutas articula auxílio com o Governo português
Lisboa, 03 mar 2022 (Ecclesia) – A Junta Central do Corpo Nacional de Escutas (CNE) iniciou contactos com os Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Administração Interna de forma a articular auxílio aos refugiados ucranianos que cheguem a Portugal.
O CNE vai criar a “Plataforma 16” com o objetivo de agregar toda a informação relativa ao conflito na Ucrânia, perante a situação de guerra e a vaga de deslocados que o conflito provocou.
Numa nota enviada aos seus associados, a que a Agência ECCLESIA teve acesso, o CNE informa que a plataforma visa “fornecer informação aos dirigentes e pais sobre como explicar a situação”.
Como agente de Proteção Civil Nacional, o CNE manifestou a sua disponibilidade para ceder alguns centros e campos escutistas que dispõe em diversas regiões do país, como informa a circular enviada a todos os Agrupamentos.
O nome da plataforma resulta dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), cujo número 16 apresenta como objetivo principal “promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas a todos os níveis.”
O CNE divulgou também a Plataforma de Doação Escutista (Scout Donation Platform), onde os interessados poderão oferecer valores monetários que serão usados no apoio à Organização Escutista da Ucrânia (NOSU), que está no terreno.
No domingo realizou-se uma reunião extraordinária de secretários internacionais da Região Escutista Europeia e da Região Escutista da Eurásia, na qual estiveram presentes membros dos comités Europeu e Mundial da Organização Mundial do Movimento Escutista (OMME) e da Associação Mundial de Guias e Escoteiras (WAGGGS).
O encontro quis escutar a Organização Escutista da Ucrânia para saber quais as necessidades mais prementes e conhecer os trabalhos desenvolvidos pelas Organizações Escutistas dos países vizinhos da Ucrânia, no apoio aos refugiados, nomeadamente Polónia, Roménia e Moldávia.
Mais de um milhão de pessoas cruzaram as fronteiras da Ucrânia desde 24 de fevereiro, informou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), na internet, precisando que a maioria dos que fogem são mulheres e crianças.
HM/OC