Cardeal Krajewski inicia sexta missão, desde o início da invasão russa
Cidade do Vaticano, 22 jun 2023 (Ecclesia) – O Papa enviou em missão humanitária à Ucrânia o cardeal Konrad Krajewski, esmoler pontifício, anunciou hoje o Vaticano.
O prefeito do Dicastério para o Serviço da Caridade (Santa Sé) vai levar alimentos e medicamentos à área de Kherson, particularmente atingida pela destruição da barragem de Nova Kakhovka, naquela que é a sua sexta missão em território ucraniano, desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro de 2022.
Em declarações ao portal ‘Vatican News’, o cardeal Krajewski indica que o foco da missão são as pessoas que sofrem, partindo do Vaticano para “estar com elas, rezar com elas e também deixar-lhes uma ajuda muito concreta, sinal de unidade com o Papa”.
“O povo sofre de forma desumana”, assinala o esmoler pontifício, observando que “não há água e muitas pessoas ainda estão nos telhados”.
Nesta missão, cardeal Krajewski levará os medicamentos mais urgentes num carro, enquanto um camião transporta alimentos recebidos, sobretudo, da Coreia, como mais de 100 mil sopas liofilizadas, além de medicamentos e material sanitário, que serão entregues nas áreas mais atingidas.
“É uma viagem para estar entre os que sofrem. O Papa é um pai e preocupa-se com os seus filhos. Cristo procurava todos os dias pessoas para ajudar e essa viagem insere-se na lógica do Evangelho”, concluiu o cardeal polaco.
Desde o início da guerra, 106 camiões de ajuda partiram de Roma, com destino à Ucrânia.
O Papa aludiu a este conflito, em duas intervenções proferidas hoje, nas quais manifestou também a sua preocupação com as crises no Médio Oriente.
Falando aos membros do 34° Capítulo Geral dos Agostinianos da Assunção, mais conhecidos como Assuncionistas, Francisco destacou a importância da missão destes religiosos “no Médio Oriente, onde a condição dos cristãos está ameaçada, e na Europa do Leste, onde a guerra na Ucrânia põe em perigo o equilíbrio civil e religioso da região”.
Já na audiência à plenária da Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais (ROACO), o Papa evocou as vítimas do terramoto na Turquia e na Síria, agradecendo ainda o esforço desenvolvido para “ajudar a Ucrânia a acompanhar as pessoas deslocadas internamente e os refugiados”.
“Gostaria de aproveitar esta oportunidade para convidar a todos a não deixar faltar uma proximidade concreta, uma proximidade de oração e de caridade, ao martirizado povo ucraniano”, declarou.
OC
