Cardeal Krajewski já percorreu 3600 quilómetros e espera chegar a Kharkiv
Cidade do Vaticano, 16 set 2022 (Ecclesia) – O cardeal Konrad Krajewski, esmoler da pontifício e prefeito do novo Dicastério para o Serviço da Caridade (Santa Sé), está a realizar a sua quarta visita à Ucrânia, desde o início da guerra, falando numa situação “difícil”.
“A situação é muito difícil, ainda esta noite ouviram-se as sirenes, são muitos os mortos”, refere o enviado especial do Papa, num vídeo divulgado esta quinta-feira pelo portal de notícias do Vaticano.
O cardeal polaco explicou que Francisco lhe pediu para “confirmar as pessoas na fé, dar esperança, estar perto delas, estar com elas”.
O responsável percorreu 3600 quilómetros, conduzindo, desde o Vaticano, uma carrinha destinada ao transporte de alimentos para pessoas em dificuldade, presente do Papa para uma diocese ucraniana.
O esmoler pontifício está a visitar o nordeste da Ucrânia, e espera chegar a Kharkiv, para encontrar-se com “sacerdotes, religiosos, voluntários” da Igreja Católica local, que acompanham a população desde o início do conflito, há mais de 200 dias.
“Esta é a quarta vez que o Santo Padre me envia à Ucrânia, mas desta vez de uma maneira muito diferente, por assim dizer”, precisa D. Konrad Krajewski.
“Queremos estar com todas as viúvas, com os filhos dos homens mortos e feridos”, acrescenta, convidando a imitar Nossa Senhora das Dores para que possa haver “milagres” no país.
O enviado do Papa falou ainda ao site da Igreja Católica de rito latino, na Ucrânia, precisando que a sua tarefa é “ir ao longo da fronteira, até Kharkiv, e estar com todos aqueles que estão evangelicamente presentes nos lugares onde a tragédia acontece”.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou na última noite que uma “vala comum” foi descoberta em Izium, cidade retomada aos russos nos últimos dias, na sequência da contraofensiva ucraniana na região oriental de Kharkiv.
Na Sexta-feira Santa (15 de abril), o cardeal Krajewski celebrou, de forma privada, a Via-Sacra em Borodianka, cidade próxima da capital, pilhada e destruída pelos soldados russos.
OC
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