D. Visvaldas Kulbokas alerta para aumento do número de explosões, que danificaram estruturas da Nunciatura Apostólica

Kiev, 10 jul 2025 (Ecclesia) – O núncio apostólico na Ucrânia denunciou os ataques “cada vez mais frequentes” em Kiev, com bombardeamentos russos numa escala inédita desde a invasão de 2022.
“Esta noite e nas primeiras horas desta manhã houve dezenas e dezenas de mísseis e drones. O que é preocupante é que se vê que os drones têm como alvo os bairros civis. Vi com os meus próprios olhos e ouvi que alguns drones sobrevoaram a nunciatura e as casas. Não sei o que procuravam”, relata o arcebispo Visvaldas Kulbokas, que se mantém na capital ucraniana.
O embaixador da Santa Sé adianta que a Nunciatura Apostólica está entre os numerosos edifícios atingidos pelo ataque maciço russo com drones e mísseis balísticos lançados sobre a capital ucraniana, nas últimas horas.
Em declarações aos serviços de notícias do Vaticano, D. Visvaldas Kulbokas adianta que “os ataques à cidade estão a intensificar-se cada vez mais, são muito mais frequentes e muito mais intensos do que os ataques – ainda que intensos – dos últimos três anos”.
Segundo o núncio apostólico, a intensidade dos ataques russos é comparável ao início da guerra em grande escala, em fevereiro e março de 2022.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recorreu à rede social X para referir que a Rússia lançou um ataque combinado que durou quase 10 horas, com utilização de 18 mísseis, incluindo mísseis balísticos, e cerca de 400 drones de ataque.
“Esta é uma clara escalada do terror por parte da Rússia”, denuncia.
Zelensky encontrou-se esta quarta-feira com Leão XIV, na residência pontifícia de Castel Gandolfo, nos arredores de Roma, tendo o Papa reforçado a disponibilidade do Vaticano para acolher negociações de paz.
OC