Responsáveis consideram que o Santuário está sob ameaça de bombardeamento russo
Kiev, 01 mar 2022 (Ecclesia) – O Conselho de Igrejas e Organizações Religiosas da Ucrânia apelou hoje à proteção da comunidade internacional para o Santuário de Santa Sofia de Kiev, que considera estar sob ameaça de bombardeamento russo.
Em comunicado divulgado online, o organismo dá conta de “informações perturbadoras sobre um potencial ataque aéreo” a um dos símbolos espirituais da Ucrânia.
Os responsáveis religiosos defendem o recurso urgente a todos os meios possíveis para que “a liderança russa cesse completamente os ataques criminosos às cidades ucranianas e a Kiev, em particular.
A nota denuncia o bombardeamento “bárbaro” de áreas residenciais de cidades ucranianas por tropas russas, recordando que, durante a II Guerra Mundial, forças soviéticas destruíram a Catedral da Assunção, de Kiev-Pechersk.
“Apelamos à liderança política russa para interromper imediatamente os ataques com mísseis”, pode ler-se.
Em Kharkiv, segunda cidade da Ucrânia, uma bomba caiu sobre a Cúria Diocesana, na sequência de ataques aéreos que provocaram várias mortes e destruíram edifícios do governo e civis.
O padre Gregory Semenkov, chanceler da diocese católica latina de Kharkiv e pároco da catedral disse ao portal ‘Vatican News’ que 40 pessoas se encontravam no templo, tendo saído ilesas do ataque russo.
“Arriscou-se uma tragédia”, indica o sacerdote.
Os responsáveis católicos de Kharkiv acabaram por acolher o bispo ortodoxo, cuja casa fica perta da zona militar.
Na Rússia, os bispos católicos mostraram-se “profundamente chocados” com um conflito que “traz morte e destruição e ameaça a segurança do mundo inteiro”.
Os responsáveis pedem que os católicos dediquem estes dias a uma maior oração e jejum, especialmente a Quarta-feira de Cinzas, 2 de março, em resposta ao apelo do Papa Francisco.
OC