Presidente da organização em Portugal apela à «mobilização de toda a população para minimizar o sofrimento das pessoas»
Lisboa, 24 fev 2022 (Ecclesia) – A Cáritas Portuguesa, através do seu Fundo de Emergências Internacionais, vai doar 20 mil euros à Cáritas da Ucrânia, num sinal de “solidariedade” e garantindo que o trabalho da sua congénere prossegue.
“Com este gesto queremos dar um sinal da nossa solidariedade para com esta população e garantir que a Cáritas da Ucrânia tem condições de continuar o seu trabalho junto das pessoas afetadas através da distribuição de alimentos, água potável, abrigo seguro e kits de higiene”, explica Rita Valadas, presidente da Cáritas Portuguesa, num comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
A organização portuguesa de ação social da Igreja católica, em contacto com a Confederação Internacional da Caritas, manifesta a sua preocupação com o “impacto da intervenção na população local” e dos efeitos que uma crise, que dura há oito anos, tem provocado, tendo causado “14 mil vítimas mortais e 1.5 milhões de desalojados”.
Rita Valadas dá conta do risco de instabilidade na paz internacional, colocada em causa e pede mobilização de toda a população para minimizar o sofrimento das pessoas.
“Todos nós somos desafiados a agir. O que está a acontecer na Ucrânia coloca em risco a estabilidade e a paz internacionais e, por isso, todos somos mobilizados para fazer tudo o que possa estar ao nosso alcance para minimizar o sofrimento destas pessoas e para garantir que haja respeito pelo direito internacional”, reforça.
A Cáritas sublinha ainda a necessidade de garantir que “todas as pessoas tenham acesso à assistência humanitária, particularmente os mais vulneráveis e que a liberdade de movimentos seja garantida para aqueles que procuram fugir do conflito”.
A Rússia invadiu a Ucrânia na madrugada desta quinta-feira, alegando a necessidade de proteger os habitantes das províncias separatistas ucranianas, que reconheceu como independentes.
ONU, NATO, Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, entre outros, condenaram a decisão russa.
Em Portugal, o presidente da República, em consonância com o Governo, condenou “veementemente a flagrante violação do Direito Internacional pela Federação Russa” e apoiou a declaração do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, “expressando total solidariedade com o Estado e o Povo da Ucrânia”.
LS