D. Manuel Clemente expressou proximidade a «todos os que sofrem os efeitos da guerra»
Lisboa, 02 mar 2022 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa expressou hoje, na homilia da Missa de Quarta-feira de Cinzas, a proximidade “a todos os que sofrem os efeitos da guerra” e a disponibilidade para “socorrer e acolher”.
“A nossa proximidade traduz-se na disposição para socorrer e acolher quanto e como for preciso. Além disso e, como crentes, acreditamos no poder da oração e do jejum que a intensifica”, disse D. Manuel Clemente, na Sé de Lisboa.
No dia de oração e jejum pela paz na Ucrânia, que se assinala hoje por proposta do Papa Francisco, o cardeal-patriarca referiu que “tempos difíceis” marcam a Quaresma.
“São tempos difíceis, os desta Quaresma. Com a pandemia ainda por extinguir, com a guerra na Ucrânia que urge terminar, com a Igreja a renovar, com tanta pobreza a pedir resposta”, sublinhou.
Em declarações à Agência ECCLESIA no início da celebração da Missa de Quarta-feira de Cinzas, D. Manuel Clemente disse que faz “muito sentido” que o Papa tenha proposto, neste dia, a realização de um dia de oração e jejum pela paz na Ucrânia, desejando que a resolução do conflito aconteça no sentido da “justiça e da paz”.
“Acreditamos que o nosso comportamento pessoal e também a nossa oração de crentes ajuda a resolver as coisas no sentido da justiça e da paz e sempre a partir de Deus”, afirmou.
Para D. Manuel Clemente, o conflito no Leste da Europa mostra que a “humanidade é capaz de coisas lindíssimas e coisas que não o são”.
“Estamos sempre sujeitos a estas graves contradições. A história mostra que não está definitivamente resolvido seja o que for”, indicou.
O cardeal-patriarca de Lisboa recordou que a fronteira onde se travam os conflitos armados “foi sempre uma fronteira difícil, uma fronteira entre impérios”.
“julgávamos que, com tanta história acumulada, também já tivéssemos mais prudência, quer para prevenir, quer para resolver as coisas”, afirmou.
A homilia da Missa de Quarta-feira de Cinzas de D. Manuel Clemente corresponde à Mensagem de Quaresma do cardeal-patriarca de Lisboa, onde indica também que a renúncia quaresmal de 2021 “juntou 117.614,32 euros, destinados à Cáritas Diocesana de Lisboa, para continuar a responder a necessidades geradas pela pandemia”.
“A renúncia deste ano será destinada em parte à Diocese de Palai (Índia) a favor do seu hospital, que atende especialmente a população mais pobre; e em parte à Cáritas Diocesana de Lisboa, para apoiar as necessidades do povo ucraniano, duramente atingido pela guerra”, acrescenta o documento da Mensagem da Quaresma, divulgado online pelo Patriarcado de Lisboa.
PR