Bispo destaca que as «casas da diocese estão cheias de pessoas, de refugiados»
Lisboa, 30 mai 2022 (Ecclesia) – D. Radoslaw Zmitrowicz, bispo auxiliar da Diocese de Kamyanets-Podilskyi, na Ucrânia, disse à Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS) que a ajuda humanitária internacional está a diminuir no país e “as pessoas estão a ficar sem recursos”.
“É uma preocupação para a Igreja da Ucrânia. A ajuda humanitária internacional está a diminuir e as pessoas estão a ficar sem recursos”, alertou.
“As pessoas precisam de ajuda, mais e mais. A ajuda humanitária está a diminuir. A falta de combustíveis está a ser uma dificuldade”, acrescentou.
O bispo referiu que a “Igreja está toda mobilizada no acolhimento aos que perderam tudo o que possuíam, aos que foram obrigados a fugir das zonas de combate, às famílias que estão em situação mais desesperada, já quase sem recursos”.
“Todas as nossas casas, na diocese, estão cheias de pessoas, de refugiados. Mas as pessoas estão a ficar sem recursos e pedem ajuda para a sua sobrevivência. Há muitos refugiados que estão em casas particulares, de familiares, outros alugaram casas, mas agora precisam de encontrar outras mais baratas, pois é difícil pagar a renda”, indicou, apontando o exemplo da sua diocese, situada perto da fronteira com a Moldávia e a Roménia.
As piores consequências da guerra não serão imediatas, mas arrastar-se-ão. As consequências psicológicas, espirituais, físicas e humanitárias, bem como as consequências para a família, serão provavelmente sentidas mais tarde. A cura é um processo”.
D. Radoslaw Zmitrowicz observou ainda que numa das casas “começou os serviços psicológicos” e que um “padre participa neste processo”.
“A guerra é terrível. Mas também há coisas boas. As pessoas oferecem a sua vida, há solidariedade, as pessoas ajudam-se umas às outras”, reforçou.
O responsável católico sublinhou também a questão espiritual: “As pessoas rezam muito. Na Ucrânia, Alemanha, Polónia… nos vossos países. As pessoas rezam, rezam, rezam. É surpreendente; esta não é apenas uma guerra militar, mas também espiritual e depende da nossa conversão”.
SN