UCP: Universidade desenvolve teste «menos invasivo» e «com menos custo» para detetar Covid-19

Inovação a cargo do Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde já foi utilizado pelo município de Viseu

Foto: Lusa/EPA

Lisboa, 06 fev 2021 (Ecclesia) – A Universidade Católica Portuguesa (UCP) desenvolveu um teste para detetar o vírus da Covid-19, de forma menos invasiva “através da saliva”, com menos custos.

“Para além de se diferenciar dos testes disponíveis no mercado, uma vez que utiliza a saliva como meio de rastreio não invasivo, o método desenvolvido pelo laboratório recorre a uma estratégia inovadora, adequada para a testagem ampla de populações”, informa um comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Marlene Barros, Diretora do Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS) e responsável científica pelo Laboratório SalivaTec, afirma que a pandemia veio acelerar a investigação e os resultados.

“A Covid-19 acabou por funcionar como um acelerador da investigação e sua rápida transferência, resultando em soluções que ajudam a combater esta pandemia e com toda a certeza melhor nos preparam para fazer face a outras”, destaca.

O teste foi já utilizado no município de Viseu, através de um protocolo estabelecido entre as instituições.

O comunicado destaca que o teste “recorre à metodologia inovadora, desenvolvida no ano passado pelo laboratório de investigação SalivaTec, para deteção de SARS-COV-2 em amostras de saliva”.

“A metodologia baseia-se no teste de grupos de amostras (pool de 20 indivíduos), defendida pelo “European Centre for Disease Prevention and Control” (ECDC)”, explica.

Com um carácter menos invasivo, o teste permite “uma melhor aceitação especialmente por crianças, idosos ou grupos vulneráveis”.

O comunicado destaca ainda a rapidez do teste agora desenvolvido e adianta que pode ser utilizado “massivamente em diferentes locais do país, sendo equivalente aos testes por zaragatoa que têm sido utilizados desde o início da pandemia, mostrando níveis de concordância acima dos 95%”.

“Este rastreio permite uma redução considerável dos custos, quando comparado com os testes de PCR convencionais”, finalizam.

LS

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Agência ECCLESIA

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