Padre Tolentino Mendonça sublinha necessidade de «desvelar» presenças da espiritualidade em «novos endereços»
Lisboa, 10 nov 2017 (Ecclesia) – A Universidade Católica Portuguesa (UCP) recebe hoje a 8ª edição das Jornadas de Teologia Prática, iniciativa que procura dar voz a outros discursos sobre Deus e à presença da espiritualidade em “novos endereços”.
O padre Tolentino Mendonça, vice-reitor da UCP, disse na abertura dos trabalhos que a iniciativa deste ano se inspirou numa passagem da exortação apostólica ‘A alegria do Evangelho’, do Papa Francisco, onde se fala da “presença de Deus” que acompanha cada um.
“Esta presença não tem de ser criada, mas tem de ser desvelada”, assinalou.
O responsável destacou a importância de dar atenção à “itinerância de sentido” no mundo contemporâneo.
“Sabemos que na cultura pop, uma grande categoria que emerge é a banalidade”, observou o sacerdote e poeta, para quem os “novos endereços” propostos como tema nestas jornadas são “esboços alinhados” da “insinuante presença de Deus”.
Dezenas de pessoas marcam presença na Jornada de Teologia Prática, com o tema ‘Deus habita a cidade – novos endereços’.
Alfredo Teixeira, coordenador da área de Ciências Religiosas, sublinhou que esta iniciativa procura apresentar, no ambiente académico, diversas trajetórias, terrenos, contextos e práticas.
O responsável falou numas jornadas “polifónicas” que assumem uma outra forma de fazer Teologia, procurando dar lugar ao “discurso do outro”.
Depois da sessão de abertura, foi projetado o vídeo ‘Buongiorno professore’, programa da TV2000, estação da Conferência Episcopal Italiana.
O professor e ensaísta Andrea Monda, responsável pelo programa, falou aos participantes sobre ‘Escola e religião, mediações culturais’.
“Eu sinto-me como um missionário, no centro de Roma”, observou, a respeito do seu trabalho com os jovens estudantes, privilegiando “o caminho da narração, da imagem”.
Os trabalhos incluem uma conferência do reitor da Universidade Católica de Pernambuco (Brasil), Pedro Rubens, sobre ‘Propor a fé em contextos de ambiguidade’.
OC