D. Jorge Ortiga abordou Dia Nacional da Universidade Católica Portuguesa
Braga, 01 fev 2015 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga diz que assinalar o Dia Nacional da Universidade Católica Portuguesa é celebrar a “causa” da fé e colocá-la à reflexão das comunidades académicas e de toda a Igreja.
“Num mundo tão desgastado por ideologias, muitas delas ateias ou radicais, temos necessariamente de pensar os fundamentos e as inferências da fé”, apontou D. Jorge Ortiga numa celebração inserida no Dia Nacional da UCP, este domingo na Sé de Braga.
Para o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, os alunos e professores daquela universidade “devem ser protagonistas na elaboração de um pensamento teológico, não apenas dirigido aos estudos de teologia” mas “capaz de tocar e transformar a realidade concreta” da sociedade.
“Não basta ficar à espera das questões que ocasionalmente são colocadas em conferências e debates internos. É imperativo ousar, sair, mergulhar no concreto e testemunhar a credibilidade da fé”, exortou o arcebispo.
Para D. Jorge Ortiga, a UCP deve ser exemplo de uma “luz do Evangelho” que não esmorece ao abandono e de uma “qualidade de ensino” que não acaba “no conforto das salas de aulas”.
E por isso destaca três propósitos que a reitora da Universidade, Maria da Glória Garcia, traçou para a instituição académica católica: “Olhar a realidade nos olhos”, “Aprender a amar” e “Insuflar a esperança”.
O prelado frisa a importância destes objetivos, uma vez que sem proximidade com a realidade não há “evangelização credível e eficaz”; sem amor é impossível caminhar “lado a lado” com a sociedade; e sem o propósito da esperança não haverá modo de “arrepiar novos caminhos e construir respostas mais assertivas” às necessidades das pessoas.
“A fé nunca foi nem nunca poderá ser uma experiência de refúgio. É no meio dos enigmas que o cristão experimenta o valor da sua fé. Isto supõe que ouse dedicar-se à compreensão dos conteúdos da fé e ao modo de a tornar vida nesses ambientes adversos, sem se alhear nem se misturar acriticamente”, acrescentou.
D. Jorge Ortiga concluiu a sua homilia fazendo votos de que com a celebração deste Dia Nacional a Universidade Católica Portuguesa “alargue os seus horizontes para o coração da sociedade e interpele os cristãos para uma experiência da fé aprofundada, sólida e, particularmente, a incidir na realidade”.
JCP