Para «milhares de refugiados iraquianos» ali radicados será uma presença «encorajadora», realça pároco local
Cidade do Vaticano, 23 out 2014 (Ecclesia) – O pároco da Catedral do Espírito Santo em Istambul, abordou a viagem que o Papa Francisco vai realizar à Turquia entre 28 e 30 de Novembro, considerando-a fundamental para a difusão da “paz e fraternidade”.
Uma mensagem que, de acordo com o padre Nicola Masedu, é hoje mais importante do que nunca, “porque infelizmente não é ouvida em muitas partes do mundo”.
Numa entrevista difundida pelo serviço informativo da Santa Sé, o sacerdote destacou o significado que a presença do Papa argentino terá, não só para a comunidade católica radicada naquele país mas também para os “milhares de refugiados iraquianos” que ali acorreram para escaparem à violência do Estado Islâmico.
“Para eles a visita de Francisco será encorajadora. Sabem que o Papa se interessa por eles e conhece as suas vicissitudes”, apontou o pároco da Catedral do Espírito Santo.
Antecipando a missa que Francisco vai celebrar naquele local de culto, dia 29 de novembro, o sacerdote salesiano destaca o entusiasmo que a presença do Papa está a provocar.
Um pouco de todo o lado, inclusivamente de outros países como França e Espanha, têm “chovido pedidos” de pessoas que desejam assistir à eucaristia em Istambul.
O padre Nicola Masedu teme inclusivamente “que possam existir mal-entendidos”, uma vez que a sua igreja “não é a maior da cidade e tem lugares limitados”.
Questões logísticas à parte, aquele responsável destaca o facto da visita do Papa Francisco dar seguimento a “uma tradição” que vem “desde Paulo VI”, que liderou os destinos da Igreja Católica entre 1963 e 1978, tendo estado na Turquia em 1967.
Depois disso visitaram ainda o país João Paulo II em 1979 e mais recentemente Bento XVI em 2006.
“Para nós, é uma grande alegria e estamos realmente muito contentes. A ligação entre o Vaticano e a Turquia é particularmente sólida”, referiu o sacerdote, recordando também o contributo dado pelo Papa João XXIII (antecessor de Paulo VI), quando ainda era delegado apostólico na Turquia.
De acordo com o padre Nicola Masedu, o na altura arcebispo Angelo Roncalli “ficava satisfeito por ser considerado um amigo dos turcos, graças à sua abordagem simples e não tradicional, que unia e não afastava”.
A agenda oficial do Papa Francisco na Turquia, entre 28 e 30 de novembro, prevê entre várias iniciativas um encontro com o patriarca ecuménico de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), Bartolomeu I.
JCP